Prefeitura raspou ‘tacho’ do IPTU e entra em alerta na arrecadação
Secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, detalhou situação financeira durante audiência na Câmara Municipal de Campo Grande
Com a antecipação do pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), a Prefeitura de Campo Grande também adiantou o uso da verba e, agora, a preocupação é com as finanças arrecadadas com os demais impostos municipais. A avaliação é do secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Nato, que, nesta quarta-feira (dia 27), apresentou o balanço orçamentário aos vereadores.
“As pessoas anteciparam o pagamento e isso inflou a arrecadação. Tem crescimento de quase 15%? Tem, mas é uma parte é receita do ano seguinte que nós capturamos no fim do ano. É boa notícia para 2018 e má notícia para 2019, porque nós já consumimos esse dinheiro”.
A antecipação do pagamento, avalia, está ligada ao envio dos carnês do IPTU aos contribuintes nas primeiras semanas de dezembro de 2018. Além de já ter usado o dinheiro fruto deste imposto, ICMS e ISS demandam estados de alerta. O primeiro imposto, que vem do Governo de Mato Grosso do Sul, sofreu queda de 4% no que diz respeito ao rateio com os demais municípios. “ICMS vem bom no ano passado por conta do gás, que voltou ao preço normal e tende a cair”.
O ISS “não está bem”, pois vem crescendo ao longo do tempo de “3% 4% ao ano”, o que é considerado pouco. “Então tem uma série de desafios na arrecadação. Mas enquanto a economia não voltar a crescer, nós estamos há quatro anos patinando e há um estímulo muito grande para sonegação e inadimplência”.
Em 2019, a Prefeitura de Campo Grande informou arrecadação de R$ 223 milhões, por enquanto.