Prestes a ser reativada, termelétrica vai servir de "socorro" diante de crise
Usina William Arjona, em Campo Grande, foi comprada pelo grupo Delta em 2019
Há mais de quatro anos paralisada, a usina termelétrica William Arjona, localizada em Campo Grande, está prestes a ser reativada. A planta, movida a gás natural, poderá servir de socorro à rede elétrica em ano de previsão de crise no abastecimento das hidrelétricas, por causa da estiagem.
Informações levantadas pela reportagem dão conta que vai ser cumprida a previsão dada pela Delta Engenharia em abril, de colocar a usina de novo em operação antes do fim do primeiro semestre de 2021, portanto ainda este mês. A solenidade para marcar a iniciativa tem previsão de participação do ministro das Minas e Energia, Bento Alburquerque.
Situada na saída para Sidrolândia, na região oeste de Campo Grande, a estrutura tem capacidade instalada para gerar 200 MW. Isso equivale a quase 20% da média de consumo de energia para todo o Mato Grosso do Sul.
A Willian Arjona foi comprada em 2019 pela Delta Energia. Foi o primeiro investimento na área do grupo. A empresa também opera planta de biodiesel em Rio Brilhante, distante 160 quilômetros de Campo Grande.
Segundo divulgado à época da aquisição, para colocar a termelétrica em funcionamento eram necessários 1,2 milhão de metros cúbicos por dia do combustível, vindo do gasoduto Brasil-Bolívia.
Em abril deste ano, executivos da Delta se reuniram com representantes da Agepan (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) e da MSGás para tratativas em torno do reinício da operação.
Com a entrada em atividade novamente, a usina entra no radar do ONS (Operador Nacional do Sistema), que regula toda a distribuição do País em energia elétrica. Usualmente, as termelétricas são acionadas como suporte, caso seja necessário.
A estrutura de produção de força elétrica foi a primeira do tipo a usinar combustível do gasoduto Bolívia-Brasil, em 1999.