Produção de energia solar deve chegar a 5% do sistema no Estado em 4 anos
Atualmente a geração deste tipo de fonte de energia limpa e sustentável equivale a menos de 1% em MS
Mato Grosso do Sul deverá chegar nos próximos quatro anos com 5% de produção de energia fotovoltáica no sistema de geração total. Hoje no Estado existem pouco mais de 3 mil unidades de micro e minigeração de energia solar e produção é de 33 megawatts aproximadamente, o que equivale a menos de 1%. Mas o cenário começa a mudar com projetos como a Cidade Solar, inaugurada hoje (12), pelo o governador Reinaldo Azambuja.
Durante o evento ele destacou as medidas tomadas pelo Estado de Mato Grosso do Sul para incentivar o uso de energia limpa. Ele afirmou que o uso de fontes sustentáveis fazem parte de uma política estratégica de Estado e reafirmou a meta de ser o primeiro Carbono Neutro do País.
Entre as ações adotadas pelo Estado para incentivar o uso de energia limpa estão isenção de ICMS para a importação de equipamentos usados para captação e geração; isenção de compensação ambiental para a geração de energia fotovoltáica; e priorização da energia solar na liberação de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
“É uma visão estratégica. A gente entende que priorizar a geração de energia limpa, renovável, é contribuir para questão ambiental, para a sustentabilidade de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck afirmou que existe a intenção de usar essa energia sustentável no Pantanal para abastecer propriedades rurais e ribeirinhos. “Temos projeto que já iniciou: vamos colocar no Pantanal mais de 1,7 mil painéis fotovoltáicos. Toda a energia usada no Pantanal vai ser fotovoltaica. Nós vamos colocar esse bioma com a energia limpa”, afirmou.
Cidade Solar - Situada em Jaraguari, a Cidade Solar é uma fazenda de geração de energia que tem 14 hectares e conta com hotel com 120 leitos, pousada, pizzaria, restaurante, supermercado, escritório de advocacia, canal de TV e empresa de engarrafamento de gás GLP. O empreendimento é privado e parte do investimento é de financiamento por meio FCO.
O empreendimento gerou 60 empregos diretos. As placas, que foram importadas da China, têm durabilidade estimada de, pelo menos, 25 anos. A Cidade Solar tem 18 mil placas e capacidade de geração de 9,36 milhões de kWh/ano, o que equivale ao consumo de 5.200 casas populares no ano.
De acordo com o diretor-presidente da Solar Energy, Hewerton Elias Martins, a energia gerada é inserida no sistema e o cliente pode abater o valor na conta. “O dinheiro que o empresário economiza, ele investe no negócio e movimenta a economia da cidade e do Estado”, afirmou.