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Economia

Produtores de orgânicos resistem com delivery após geada e quebra de 80%

Veja como pedir orgânicos para receber hortifrútis em casa, às quartas e sábados, na Capital

Caroline Maldonado | 08/09/2021 10:15
Morangos e batatas orgânicos do produtor Miguel Emiliano, de Ribas do Rio Pardo. (Foto: Caroline Maldonado)
Morangos e batatas orgânicos do produtor Miguel Emiliano, de Ribas do Rio Pardo. (Foto: Caroline Maldonado)

Quando as medidas restritivas de combate à pandemia começaram a dar alívio, pequenos produtores de orgânicos enfrentaram a geada, que afetou até 80% da produção, em alguns casos. A saída foi investir pesado no delivery, o que acabou saindo até mais lucrativo e facilitando a vida de quem não abre mão dos produtos mais saudáveis.

As entregas garantem frutas, verduras e legumes frescos na mesa de famílias de todas as regiões da cidade.

É mais lucrativo, porque os produtores não têm perdas, segundo o produtor Miguel Emiliano de Jesus, de 47 anos. Ele faz 103 quilômetros de Ribas do Rio Pardo até à Capital, para entregar os alimentos todas quartas-feiras e sábados.

Miguel Emiliano e a esposa, em feira na Praça do Rádio. (Foto: Caroline Maldonado)
Miguel Emiliano e a esposa, em feira na Praça do Rádio. (Foto: Caroline Maldonado)

 “A gente colhe exatamente o que vai entregar. Então, não tem sobra e chega fresquinho para os clientes. Começamos o delivery com a  pandemia, porque senão, teríamos que ficar parados. Depois, veio a geada e perdemos 80% da produção”, lembra o produtor Miguel Emiliano.

Além de fazer as entregas, o produtor e a esposa colocam os produtos à venda nas feiras da Praça do Rádio, às quartas-feiras, e em frente à prefeitura, aos sábados. “O movimento tem sido bom nas feiras também”, conta.

Preços - Os produtores garantem que vale a pena optar pelos orgânicos, porque não têm muita diferença de preço em relação aos hortifrútis convencionais. Do assentamento Conquista, em Rochedo, à 74 quilômetros da Capital, o produtor José Roberto de Oliveira compara os valores.

Além do delivery, produtores vendem também nas feiras da Praça do Rádio e Prefeitura de Campo Garnde, às quartas e sábados. (Foto: Caroline Maldonado)
Além do delivery, produtores vendem também nas feiras da Praça do Rádio e Prefeitura de Campo Garnde, às quartas e sábados. (Foto: Caroline Maldonado)

“A mandioca, vendo a R$ 5 cada quilo e a abóbora sai por R$ 2 a unidade, por exemplo. Então, você vê que não tem muita diferença do preço do mercado”, comenta, lembrando que o orgânico é bem mais saudável.

Quem compra tem que verificar se os produtos têm selo de certificado para saber se é orgânico mesmo. “É importante as pessoas sempre comprarem de quem tem certificação”, destaca Miguel. Na barraca, ele tem batatas e cenouras por R$ 5 cada pacote de um quilo.

As feirinhas do Centro já são destino certo na rotina do aposentado André Joseph, de 80 anos. “É muito bom, já nem sei mais há quanto tempo venho, acho que mais de 13 anos”, lembra.

Pedidos - As entregas são feitas às quartas e sábados. Para garantir os hortifrútis, é bom pedir às terças e sextas. De Ribas, o produtor Miguel e a esposa atendem pedidos pelo telefone (67) 9 9890-7892. De Rochedo, José Roberto recebe as encomendas pelo telefone (67) 9 9292-7486.

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