Protesto de trabalhadores da JBS interrompe abates em Campo Grande
Temendo atrasos nos salários e demissões em massa, funcionários querem o desbloqueio de bens da empresa; CPI conquistou R$ 730 milhões em bens da indústria
O protesto que funcionários da JBS fazem na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (17) parou os abates da empresa nas duas unidades em Campo Grande, que ficam na saída para Sidrolândia e para Corumbá.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carnes e Derivados de Campo Grande, Wilson Gimenez Gregório, cerca de 2 mil trabalhadores da Capital participam na manifestação na sede do Legislativo estadual. Como as duas plantas de Campo Grande empregam 5 mil pessoas ficou inviável manter os abates.
Já Sérgio Dolzan, o represente dos trabalhadores de Sidrolândia, onde a JBS tem 3,5 mil, afirma que 330 funcionários participam do protesto e os trabalhos continuaram normalmente por lá.
Trabalhadores temem atrasos nos salários e demissões em massa após o bloqueio de R$ 730 milhões em bens e ao menos uma conta bancária da indústria de carne a pedido da a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais de Tributárias.
Nas unidades, a informação é de funcionam apenas o setor administrativo e de conserva de congelados.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa e recebeu a informação de que a JBS liberou os funcionários para o protesto. “A JBS respeita o direito de livre manifestação e atendeu ao pedido do sindicato em liberar os colaboradores que tiveram interesse em participar do ato”, informou a nota.