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Economia

Protesto de trabalhadores da JBS interrompe abates em Campo Grande

Temendo atrasos nos salários e demissões em massa, funcionários querem o desbloqueio de bens da empresa; CPI conquistou R$ 730 milhões em bens da indústria

Anahi Zurutuza, Leonardo Rocha e Marta Ferreira | 17/10/2017 11:25
Unidade da JBS em Campo Grande (Foto: André Bittar/Arquivo)
Unidade da JBS em Campo Grande (Foto: André Bittar/Arquivo)

O protesto que funcionários da JBS fazem na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (17) parou os abates da empresa nas duas unidades em Campo Grande, que ficam na saída para Sidrolândia e para Corumbá.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carnes e Derivados de Campo Grande, Wilson Gimenez Gregório, cerca de 2 mil trabalhadores da Capital participam na manifestação na sede do Legislativo estadual. Como as duas plantas de Campo Grande empregam 5 mil pessoas ficou inviável manter os abates.

Já Sérgio Dolzan, o represente dos trabalhadores de Sidrolândia, onde a JBS tem 3,5 mil, afirma que 330 funcionários participam do protesto e os trabalhos continuaram normalmente por lá.

Trabalhadores temem atrasos nos salários e demissões em massa após o bloqueio de R$ 730 milhões em bens e ao menos uma conta bancária da indústria de carne a pedido da a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais de Tributárias.

Nas unidades, a informação é de funcionam apenas o setor administrativo e de conserva de congelados.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa e recebeu a informação de que a JBS liberou os funcionários para o protesto. “A JBS respeita o direito de livre manifestação e atendeu ao pedido do sindicato em liberar os colaboradores que tiveram interesse em participar do ato”, informou a nota.

Protesto de trabalhadores no saguão da Assembleia Legislativa (Foto: Marina Pacheco)
Protesto de trabalhadores no saguão da Assembleia Legislativa (Foto: Marina Pacheco)
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