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Economia

Secretário faz balanço de expedição e diz que rota estará pronta em três anos

Paulo Nonato de Souza | 04/09/2017 16:48
Secretário faz balanço de expedição e diz que rota estará pronta em três anos
Lacerda, à esquerda, no porto chileno de Antofogasta com os parceiro da expedição que cruzou o Paraguai, Argentina e o Chile (Foto: Divulgação)
Lacerda, à esquerda, no porto chileno de Antofogasta com os parceiro da expedição que cruzou o Paraguai, Argentina e o Chile (Foto: Divulgação)

Com os objetivos traçados e as obras avançadas, a rota bioceânica deverá estar concluída nos próximos três anos, e irá refletir significativamente no desenvolvimento econômico de Campo Grande, disse o secretario municipal de Governo e Relações Institucionais, Antônio Cezar Lacerda, nesta segunda-feira, 04, ao fazer um balanço da expedição Rila (Rota de Integração Latino-Americana), encerrada na última sexta-feira.

A expedição percorreu cerca de cinco mil quilômetros – ida e volta – e cruzou a Argentina, Chile e Paraguai para avaliar as condições do lado oeste da América do Sul sobre a criação da rota de exportação e importação de produtos para países asiáticos pelo Oceano Pacífico a partir dos portos chilenos.

“Acredito que agenda mais importante tenha sido no Paraguai, onde fomos recebidos pelo ministro de Obras Públicas e Comunicações, Ramón Jiménez Gaona, que nos deixou animados com as notícias de que o governo paraguaio está providenciando a licitação das obras de pavimentação dos dois trechos da rota que cortam o país, o primeiro inclusive já está em andamento”, declarou o secretario.

Lacerda avalia que a rota bioceânica também é prioridade para o Paraguai, o que garante a celeridade neste processo. “Para o Paraguai, a criação desse corredor é tão importante quanto para nós. Podemos já enxergar a conclusão desse corredor, principalmente porque os senadores Valdemir Moka e Simone Tebet participaram da agenda conosco em Assunção, na qual confirmaram que o recurso do convênio, entre o governo brasileiro e o governo paraguaio para a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, estará no Orçamento de 2018”, relatou.

O secretário de Relações Institucionais, que participou da expedição acompanhado do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia, Luiz Fernando Buainain, citou o modelo de rotas bioceânicas dos Estados Unidos.

“Não há dúvida de que o grande sucesso econômico dos Estados Unidos deve-se ao fato de que o país é banhado por dois grandes oceanos: Pacífico, na costa oeste, e Atlântico, na costa leste, mas com certeza, grande parte desse sucesso econômico só foi possível graças à ligação dos dois oceanos através das rotas: Tacoma – Norfolk, Oakland – Savannah e Long Beach – Miam", exemplificou.

Segundo ele, é do que o Brasil está precisando. "E, se houver vontade política, é possível construir até três corredores: Porto Alegre – Antofagasta (Chile); Paranaguá – Iquique (Chile); e Santos – Arica (Chile), ou, Ilo (Peru). Só lembrando que os corredores deverão ser devidamente caracterizados como corredores de exportação-importação com aduanas desburocratizadas, ou seja, com fácil desembaraço alfandegário”, frisou Antônio Lacerda.

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