Trilhos não são soldados à ferrovia e podem ser furtados novamente
A novela do furto de trilhos da ferrovia de Campo Grande ainda não acabou. As barras de ferro foram devolvidas, mas nem tudo voltou ao normal. Faltam três metros e elas não foram soldadas, ou seja, estão soltas e podem ser levadas a qualquer momento.
O registro foi feito por Ney Portela, que passou pelo local nesta semana e viu os trilhos soltos. "Agora fica ainda mais fácil vir outra pessoa e levar, o pessoal não tem noção, rouba mesmo. Espero que agora, depois desse caso, as pessoas aprendam respeitar patrimônio", disse ele, que também postou as imagens no Facebook.
O advogado João Bernardo Todesco, que representa o empresário que furtou os trilhos, afirma que seu cliente devolveu todas as barras de ferro e iria soldá-las, mas um funcionários da concessionária responsável apareceu e pediu para que o trabalho fosse interrompido. Segundo ele, as barras que faltam foram levadas para um galpão da empresa.
Em nota, a Rumo ALL, responsável pela administração da ferrovia explica que o "indivíduo procurou o advogado e sem nenhuma técnica e perícia, tentou recolocar os trilhos no local". Segundo eles, a empresa solicitou que o trabalho fosse interrompido e que os trilhos fossem levados diretamente para as dependências da Rumo.
A empresa afirma ainda que vai averiguar sobre as condições do material furtado. Conforme a Rumo, o caso segue sendo tratado na justiça.
O caso - Em janeiro, um empresário foi até a ferrovia abandonada, cortou os trilhos da ferrovia e levou para casa. Segundo seu advogado, ele não sabia que era proibido retirar os ferros do local, que ele usaria em sua propriedade rural.
Após denúncias de vizinhos e pessoas que passaram pelo local, o empresário se comprometeu a devolver os trilhos no local. O Campo Grande News acompanhou o caso desde o furto até o dia em que as barras de ferro começaram a ser entregues no local.