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Economia

Flagrado por vizinhos, homem que furtou trilhos diz que vai devolver

Priscilla Peres | 25/01/2017 10:11
Vizinhos viram caminhão e homens no local onde trilhos foram furtados. (Foto: Direto das Ruas)
Vizinhos viram caminhão e homens no local onde trilhos foram furtados. (Foto: Direto das Ruas)
Para retira ferro, homens queimaram dormentes e cortaram ferro.  (Foto: André Bittar)
Para retira ferro, homens queimaram dormentes e cortaram ferro. (Foto: André Bittar)

Os trilhos da ferrovia de Campo Grande foram furtados no dia 14 de janeiro, sábado, a luz do dia. O crime contra um patrimônio da União foi cometido pelo motorista de uma empresa que, segundo seu advogado, não sabia que era proibido arrancar os ferros do local.

No dia do furto, vizinhos da ferrovia na região da Lagoa Rica fotografaram um caminhão e homens no local. A polícia chegou a ir até a região, mas chegou depois de a equipe ter saído. Na ocasião, os homens que faziam a retirada dos trilhos disseram que tinham autorização da Noroeste do Brasil.

Um dos moradores locais questionou a ação e fotografou o caminhão de uma empresa de guincho e três homens. Hoje, após a repercussão do assunto, o advogado do responsável pelo furto disse que seu cliente vai devolver os trilhos.

O advogado João Bernardo Todesco, que não revelou a identidade de seu cliente, afirma que "por ignorância" ele não sabia que era crime retirar os trilhos. "Ele foi informado por chacreiros que tinham trilhos abandonados e disponíveis para uso na região. Ele foi até lá, viu os trilhos abandonados e retirou para usar em sua chácara", afirma.

Ainda conforme o advogado, o homem que é motorista da empresa de guincho, o questionou depois se a ação era legal. "Fui eu quem informou que eles não poderiam ter feito isso e de pronto, eles decidiram devolver". João afirma que a devolução será ainda essa semana.

Porém, para retirar os trilhos do local, o homem queimou os dormentes e cortou o ferro com o maçarico. O que significa que a devolução do ferro não é tão fácil quanto parece, já que o patrimônio foi danificado.

O advogado afirma que não foi notificado nem pela Rumo ALL, responsável pela concessão e nem pela União, mas que se necessário, vai notificá-los do acontecido. Disse ainda que seus clientes vão tomar "as medidas necessárias para reparar o dano".

Os trilhos, assim como as antigas estações de trens, são de responsabilidade da Rumo ALL, empresa que tem a concessão das ferrovias no país. Em nota, nessa semana, eles informaram que não sabiam da situação e que iriam registrar um Boletim de Ocorrência e abrir uma investigação.

Disseram ainda que vão fazer um levantamento completo da área para apurar a situação, além de reforçar a segurança para impedir ações como estas. Porém, atualmente não existe segurança no local.

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