Governo avalia resultados no Ideb como positivos no cenário pós-pandemia
“Não buscamos ranking, mas políticas públicas que atendam os estudantes”, diz superintendente da SED
Entre todos os Estados do País, Mato Grosso do Sul alcançou a 10ª posição na nota para o Ensino Médio da rede estadual na avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) após o período pandêmico, divulgados nesta quarta-feira (14) pelo MEC (Ministério da Educação). A SED (Secretaria Estadual de Educação) enxerga esse resultado como algo positivo, pois significa que as mais recentes políticas públicas para a educação já estão surtindo efeito.
Ao Campo Grande News, a professora Adriana Buytendorp, superintendente de Políticas Educacionais da SED, diz que o resultado surpreendeu, já que saíram de 3,7 para 3,8 de um ano para outro.
“Estávamos na 11ª posição e subimos para a décima de uma ano para outro, sendo que não buscamos ranking, mas políticas públicas que atendam os estudantes. O Ideb mostrou que as escolas em período integral estão tendo bons resultados, que diminuímos os índices de reprovação e os estudantes estão cada vez mais frequentes nas aulas”, destacou Adriana.
Outro ponto destacado é que essa recuperação na pontuação está acontecendo rapidamente, quando os alunos estão retornando da pandemia. “Nós estamos aplicando políticas públicas recentes, buscando estratégias que tornem o ensino atrativo e diminua a evasão”, completou.
O MEC também levou em consideração o impacto da pandemia de coronavírus nas notas de 2024, pois a metodologia compreende medidas do aprendizado e da trajetória regular dos alunos entre as etapas de ensino.
É importante lembrar que, quando avaliamos a colocação de acordo com a meta estipulada anteriormente, MS cai para 16ª posição, já que não chegou ao plano de 4,7.
Avaliação por escolas - Durante a avaliação dos ensinos por anos iniciais e finais do Fundamental, além do Médio, as escolas estaduais que apresentaram as menores notas são as indígenas. A Cacique Ndeti Reginaldo, localizada em Dois Irmãos do Buriti, obteve a nota 2,3 no Ensino Médio; a Guilhermina da Silva, em Anastácio, com 3,3 nos anos iniciais e a Cocar de Flores, em Laguna Carapã, e a nota 1,4.
Nesse contexto, Adriana explica que é preciso levar em consideração que a avaliação do Ideb é uma atividade da cultura não indígena e que leva em consideração a língua portuguesa, mas a maioria delas preserva a língua materna de cada etnia.
“Precisamos entender que a forma que eles avaliam e encaram essas avaliações são diferentes da nossa cultura, principalmente quando são avaliado pela língua portuguesa, mas se comunicam por sua língua materna. Outros fatores da cultura deles devem ser levados em consideração”, termina.
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