Professores consideram questões de exatas difíceis e com temas diferentes
Segunda etapa do Enem teve questões sobre doenças, como a covid, isometria e eletrodinâmica, entre outras
As questões de exatas da segunda etapa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em geral, foram consideradas difíceis pelos professores do Descomplica, empresa focada em cursos preparatórios para vestibulares.
O professor de Química, Francisco Neto, comenta que as questões exigiam entendimento. Segundo ele, caiu pergunta sobre tratamento de água, questão de métodos de proteção, radioatividade envolvendo meia vida, questão de química ambiental envolvendo chuva ácida com ciclo do nitrogênio, entre outras.
“Foi uma prova difícil, uma prova de muito conteúdo. Não me lembro de nenhuma específica de que o aluno lendo o texto base e raciocinando, ele poderia responder à questão. Em todas as questões ele precisava ter um conhecimento dos conteúdos de química, que são ensinados ao longo do ano”, destaca.
Neto ainda diz que ficou faltando questões de isometria, que é um assunto que costuma ter nas provas do Enem.
No caso da matéria de Física, o professor do Descomplica, Léo Gomes, considerou a prova de nível médio para difícil. “Muitas questões de conta, normalmente, a gente tem mais questão teórica no Enem. Contas chatas, casas decimais, aproximações enjoadas, caiu gravitação universal, alguns temas com gravitação que nem sempre caem”.
Conforme ele destaca, teve questão sobre a luz engarrafada, cinemática envolvendo o som dentro e fora da água, questões de eletrodinâmica.
“Um destaque também para questão de ondas, ano passado foram duas, esse ano só uma, ou seja, um tema que parece se esgotar no Enem”, conclui.
O professor de Matemática, Mauro Belmonte, destaca as contas da área de funções. “Esse ano, foi o ano das funções. Caiu mais função do que costuma cair. A prova estava esse ano de um nível fácil para médio. Lógico que tinha questões difíceis, mas a gente trabalhou igual nos outros anos, estatística, falando de moda, mediana, a gente trabalhou também com probabilidade”, lembra.
Outro destaque, segundo Mauro, é a questão das poltronas. “Nem era tão difícil, mas ela pegava uma página inteira, então, a leitura era bem difícil de a gente conseguir entender. Para o aluno essa questão talvez fosse a mais difícil. E uma questão também de função que envolvia altura”, diz.
Por fim, na área de Ciências da Natureza, o professor de Biologia, Rubens Oda, comenta que tiveram muitas questões relacionadas à saúde.
“A prova veio muito puxada para a área da saúde, perguntando várias questões envolvendo doença, como leishmaniose, filariose, PCR nos testes para covid e também alguns aspectos mais pontuais da saúde humana, por exemplo, o controle de hemorragia utilizando-se do veneno de cascavel. Então, o tema saúde acabou aparecendo de forma muito fortalecida em Biologia”, finaliza.