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Esportes

A quase 200 km por hora, pilotos elogiam trecho do Rally dos Sertões em MS

Pilotos chegaram em Campo Grande após sete horas da largada em Presidente Prudente (SP)

Gabriel Neris e Jhefferson Gamarra | 29/08/2022 18:01
Primeiros carros chegam no Autódromo Internacional de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Primeiros carros chegam no Autódromo Internacional de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

Os primeiros pilotos que completaram a terceira etapa do Rally dos Sertões, de Presidente Prudente (SP) a Campo Grande, chegaram no fim da tarde desta segunda-feira no Autódromo Internacional da Capital rasgando elogios ao percurso que os trouxeram para Mato Grosso do Sul.

Marcos Baumgart, de 45 anos, é de São Paulo, e já foi vice-campeão dos Sertões. Também disputou outras provas, como o Sul-Americano. Segundo ele, o percurso foi longo, com cerca de sete horas de duração, que o levou a atingir quase 200 km por hora. “Um dos maiores [percursos que já corri], mais velocidade, com bastante rota.

Ele conta que já corre há 23 anos e capotou durante as provas “mais de 20 vezes”. “Faz parte”, brinca.

Marcos Baumgart conta que chegou aos 200 km por hora em MS (Foto: Kísie Ainoã)
Marcos Baumgart conta que chegou aos 200 km por hora em MS (Foto: Kísie Ainoã)

Adriano Bemvenute, de 49 anos, é de Santa Catarina, mas conta que em Mato Grosso do Sul está “em casa”. Ele corre de UTV e participa dos Sertões desde 2009. Ele compara que a sensção do UTV “é a mesma da moto, só que com mais segurança”. “O trajeto foi tranquilo, não teve acidente, consegui tingir 130 km por hora, o limite do UTV”, conta.

Diz ainda que não conseguiu completar a prova nas últimas edições por acidente e problema mecânico. “Agora só quero completar o trajeto”.

Marco Antonio Pereira, bicampeão dos Sertões, vai defender o título na prova de moto. Ele já participou de 16 edições. “Cada região tem sua particularidade. Esse [trajeto] de Presidente Prudente a Campo Grande estava muito rápido e com pouca navegação. Acabou virando um rally de velocidade e não de dificuldade”, diz.

O Rally dos Sertões também conta com pilotos que não competem, seguindo pelas mesmas cidades, mas por percursos diferentes.

Eder Marcondes conta que participa por hobby (Foto: Kísie Ainoã)
Eder Marcondes conta que participa por hobby (Foto: Kísie Ainoã)

É o caso de Eder Marcondes, de 57 anos, de Santa Catarina. Ele conta que serão 150 horas em cima da moto desde Foz do Iguaçu (PR), onde largou na sexta-feira, até terminar a prova em Salinópolis (PA). “E depois volto para a casa pilotando. São três, quatro dias para voltar para casa”.

O piloto conta que gasta de R$ 15 mil a R$ 20 mil para acompanhar a prova do início aao fim. “Não gasto com remédio, é minha terapia”, conta.

Quem também corre por hobby é Ricardo Bráulio, de São Paulo. Ele diz que alugou uma moto para participar. “Passamos por estradas de eucaliptos. É a primeira vez correndo em Mato Grosso do Sul. O terreno é bastante arenoso e seco”, disse.

Os pilotos desembarcam no Autódromo Internacional, onde foi montada a "Vila dos Sertões", e logo cedo na terça-feira já partem para Costa Rica. A largada está prevista a cerca de 50 km do autódromo, mas os pilotos ficam sabendo somente momentos antes da largada.

Equipes trazem motocicletas envolvidas na prova (Foto: Kísie Ainoã)
Equipes trazem motocicletas envolvidas na prova (Foto: Kísie Ainoã)


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