A quase 200 km por hora, pilotos elogiam trecho do Rally dos Sertões em MS
Pilotos chegaram em Campo Grande após sete horas da largada em Presidente Prudente (SP)
Os primeiros pilotos que completaram a terceira etapa do Rally dos Sertões, de Presidente Prudente (SP) a Campo Grande, chegaram no fim da tarde desta segunda-feira no Autódromo Internacional da Capital rasgando elogios ao percurso que os trouxeram para Mato Grosso do Sul.
Marcos Baumgart, de 45 anos, é de São Paulo, e já foi vice-campeão dos Sertões. Também disputou outras provas, como o Sul-Americano. Segundo ele, o percurso foi longo, com cerca de sete horas de duração, que o levou a atingir quase 200 km por hora. “Um dos maiores [percursos que já corri], mais velocidade, com bastante rota.
Ele conta que já corre há 23 anos e capotou durante as provas “mais de 20 vezes”. “Faz parte”, brinca.
Adriano Bemvenute, de 49 anos, é de Santa Catarina, mas conta que em Mato Grosso do Sul está “em casa”. Ele corre de UTV e participa dos Sertões desde 2009. Ele compara que a sensção do UTV “é a mesma da moto, só que com mais segurança”. “O trajeto foi tranquilo, não teve acidente, consegui tingir 130 km por hora, o limite do UTV”, conta.
Diz ainda que não conseguiu completar a prova nas últimas edições por acidente e problema mecânico. “Agora só quero completar o trajeto”.
Marco Antonio Pereira, bicampeão dos Sertões, vai defender o título na prova de moto. Ele já participou de 16 edições. “Cada região tem sua particularidade. Esse [trajeto] de Presidente Prudente a Campo Grande estava muito rápido e com pouca navegação. Acabou virando um rally de velocidade e não de dificuldade”, diz.
O Rally dos Sertões também conta com pilotos que não competem, seguindo pelas mesmas cidades, mas por percursos diferentes.
É o caso de Eder Marcondes, de 57 anos, de Santa Catarina. Ele conta que serão 150 horas em cima da moto desde Foz do Iguaçu (PR), onde largou na sexta-feira, até terminar a prova em Salinópolis (PA). “E depois volto para a casa pilotando. São três, quatro dias para voltar para casa”.
O piloto conta que gasta de R$ 15 mil a R$ 20 mil para acompanhar a prova do início aao fim. “Não gasto com remédio, é minha terapia”, conta.
Quem também corre por hobby é Ricardo Bráulio, de São Paulo. Ele diz que alugou uma moto para participar. “Passamos por estradas de eucaliptos. É a primeira vez correndo em Mato Grosso do Sul. O terreno é bastante arenoso e seco”, disse.
Os pilotos desembarcam no Autódromo Internacional, onde foi montada a "Vila dos Sertões", e logo cedo na terça-feira já partem para Costa Rica. A largada está prevista a cerca de 50 km do autódromo, mas os pilotos ficam sabendo somente momentos antes da largada.