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Esportes

Com famílias inteiras competindo, Circuito de Laço espera receber 30 mil pessoas

A novidade do ano na competição de laço comprido é a categoria fraldinha com competidores de até nove anos

Idaicy Solano e Geniffer Valeriano | 29/08/2023 11:51
Competidor laça boi durante prova no CLC (Foto: Marcos Maluf)
Competidor laça boi durante prova no CLC (Foto: Marcos Maluf)

Na expectativa de receber 30 mil pessoas de todo o país, o CLC (Circuito de Laço Comprido) teve início nesta segunda-feira (28) e vai até 10 de setembro. Evento conta com provas nacionais, regionais e competição das Amazonas, as "rainhas do laço", e provas infantis. A novidade do ano é a categoria fraldinha, com competidores de até 9 anos.

Hoje, o espaço recebe 160 laçadores, mas a estimativa é que sábado (2) o número de competidores ultrapasse 800. A entrada é franca, e o evento conta com gastronomia, artesanato e a presença de 20 caravanas de outros estados brasileiros.

Durante todos os dias de festividade, a programação conta com shows musicais de artistas sul-mato-grossenses, além de show nacional do João Carreiro e leilão no próximo sábado, dia que é esperado receber o maior público.

De acordo com o diretor do CLC, Alebelde Júnior, a competição terá duas provas, o Campeonato Nacional da ABQM (Associação Brasileira do Quarto de Milha), em que participam cavalos com até 4 anos de idade. O diferencial da prova é que os animais só podem competir até os 4 anos e uma vez na vida.

O diretor do CLC, Alebeldes Júnior destaca que vencedor da competição nacional tem influência no mercado brasileiro (Foto: Marcos Maluf)
O diretor do CLC, Alebeldes Júnior destaca que vencedor da competição nacional tem influência no mercado brasileiro (Foto: Marcos Maluf)

O prêmio será no valor de R$ 750 mil para o competidor e o cavalo, e a premiação é distribuída em oito modalidades. "O animal campeão é o que mais vai vender cobertura e genética pro Brasil", detalha o diretor do CLC.

No campeonato estadual, competem todos os municípios de Mato Grosso do Sul, nas categorias de avô e neto, pai e filho, casal laçador e equipe de cinco laçadores. "O esporte tem essa peculiaridade, é onde a família compete junto. Pai com filho, esposo e esposa. É a única modalidade onde a família compete junto".

Competidores treinam com os cavalos em arena no Parque do Peão (Foto: Marcos Maluf)
Competidores treinam com os cavalos em arena no Parque do Peão (Foto: Marcos Maluf)

Amazonas - A organizadora do evento e competidora na categoria Amazonas, Suellen Rocha, destaca que "a mulher não só fomenta o esporte feminino, mas movimenta toda a família, marido, filho que vai estar apoiando, dando aquele suporte". Ela começou a laçar aos 5 anos de idade. Suellen destaca que competir no CLC é um sonho realizado.

Ela descreve que o CLC ainda é um espaço dominado por homens, mas nos acampamentos são as famílias que ficam ao lado e cuidam dos cavalos, alimentam e dão banho junto aos parceiros, então incluir as mulheres com o laço feminino é uma forma de "coroar" essa parceria.

Suellen Rocha começou a laçar aos cinco anos de idade e realiza sonho de participar de competição (Foto: Marcos Maluf)
Suellen Rocha começou a laçar aos cinco anos de idade e realiza sonho de participar de competição (Foto: Marcos Maluf)

Crescimento - O leiloeiro Missael Marcondes Alves, 43 anos, destaca que o evento movimenta mais de R$ 20 milhões para a economia. Apenas na parte dos leilões, são arrecadados cerca de R$ 5 milhões. "Nem Araçatuba tem toda essa estrutura que tem aqui", destaca.

O profissional destaca que o mercado de leilões está em vigente crescimento no país e desperta interesse em diversos estados além de Mato Grosso do Sul. "O mercado vem a cada ano surpreendendo".

Missael destaca ainda que o Laço Comprido é um evento que também conquista cada vez mais espaço e que os estados de São Paulo e Mato Grosso são os mais interessados em investir no Laço Comprido.

"Esse ano mais um novo recorde de inscrições nas laçadas técnicas e está sendo paga a maior premiação já vista pra uma modalidade só. Nós esperamos neste ano muita gente de fora", finaliza.

O leiloeiro Missael Marcondes Alves destaca que o leilão movimenta pelo menos R$ 5 milhões em evento (Foto: Marcos Maluf)
O leiloeiro Missael Marcondes Alves destaca que o leilão movimenta pelo menos R$ 5 milhões em evento (Foto: Marcos Maluf)

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