Convocação de nova eleição na FFMS é condição para conversa com Cezário
O movimento “Mutirão Pró Futebol” está disposto a aceitar a proposta do presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, para que juntos busquem alternativas para fortalecer o futebol sul-mato-grossense, mas desde que ele convoque nova eleição na entidade e não seja candidato, a exemplo do que fez recentemente o suíço Joseph Blatter, na Fifa.
Foi o que disse há pouco o radialista Arthur Mário Medeiros Ramalho, ex-presidente do Esporte Clube Comercial, que ao lado dos ex-jogadores Amarildo Carvalho e Nelson Barros, o Chaveirinho, lidera o “Mutirão Pró Futebol”, criado no início deste mês para propor e cobrar mudanças na gestão do futebol em Mato Grosso do Sul, em franca decadência desde a década de 1990 e que hoje está no fundo do poço com o Estádio Morenão interditado pelo Ministério Público Estadual, por oferecer riscos ao torcedor, e presente apenas na quarta divisão do futebol brasileiro, a Série D.
O desejo de se reunir com Arthur Mário foi manifestado pelo próprio Cezário em entrevista concedida domingo à noite, por telefone, e publicada ontem no Campo Grande News. “Se for para o bem do futebol estou à disposição”, declarou o dirigente da FFMS.
“Aceitamos conversar, mas se ele marcar nova eleição e que não seja candidato. O nosso futebol está do jeito que está e ele diz que quer o bem do futebol. Para quem está há tanto tempo no cargo, não é o que parece”, disse o radialista, referindo-se ao fato de Cezário ter iniciado em abril deste ano o seu quinto mandato consecutivo, que se estenderá até 2019.
Arthur Mário também se manifestou sobre a afirmação de Cezário de que ele concorreu à presidência da FFMS na eleição de 1998 e que recebeu apenas o próprio voto.
“Não é verdade. Eu fui o primeiro a registrar uma chapa, a chapa Novas Idéias, mas uma manobra estatutária do Cezário impediu que eu concorresse. Ele colheu assinaturas de apoiadores que já haviam assinado pela minha chapa, e fez isso de propósito, sabendo que o estatuto não permitia a duplicidade de assinaturas. Por conta disso a comissão organizadora da eleição anulou a minha candidatura. Cheguei a judicializar a eleição com pedido de liminar, mas não tive exito. Portanto, não disputei a eleição”, explicou Arthur Mário.