Pista abrasiva é o principal desafio dos pilotos da Truck em Campo Grande

O barulho dos motores da Fórmula Truck soaram por toda a tarde de sábado (29) no Autódromo Internacional de Campo Grande. O treino classificatório atraiu fãs de velocidade e, também, foi o momento dos pilotos conhecerem melhor a pista. O asfalto é considerado abrasivo, com curvas de média e alta dificuldade para completar.

Modalidade que une alta velocidade com a potência dos caminhões atraiu Everton Fontanella, de 41 anos, natural de Lauro Muller (SC), e que compete desde o começo do ano. Ele está entre os primeiros colocados na classificação e pretende subir ainda mais.

"Campo Grande foge do que estou acostumado por causa do calor da pista, mesmo com o tempo fechado, está seco e influência. Atualmente, estou em quarto colocado na classificação, então o meu objetivo é ficar entre os três primeiros", observou.

Experiente e conhecido na Capital, Max Nunes, 50, de Curitiba, já está acostumado com a nossa pista abrasiva e quente, então, está focado em manter os pneus preservados em toda prova.

"O desafio aqui é a condição do asfalto, que é abrasivo e quente. Aí a nossa preocupação é manter as condições dos pneus e seguir até o final. Eu já conheço o tipo do percurso, as curvas médias para alta, retas longas, nisso estou tranquilo. Hoje é a classificação de todo trabalho e ver onde vamos ficar no domingo", pontua.

E não são só os caminhões que correm no asfalto do autódromo neste fim de semana. Acontece também o Campeonato de Marcas, Pro Clássic, as corridas de tração com veículos pequenos. Com adeptos desde 2004 nessa categoria, participam Fuscas com tração traseira e Gol, Celta, Cosa e Uno com tração dianteira.

O mecânico Fernando Luz, de 40 anos, e seu pai, Toninho da Luz, competem com um Fusca da década de 80, que recebeu um motor de Fox 1.6 para ficar mais forte, grades e outras adaptações.

"Essa pista não é recapeada há muito tempo, conhecemos bem e é a que tem. Nossa dificuldade é com a divulgação e patrocínio para a modalidade. Por enquanto, tudo é feito com recursos próprios, na minha mecânica lá no Jockey Club", defende Fernando.

Também é o momento das famílias aproveitarem para um momento especial. O casal Nestor e Larissa Albuquerque, 41 e 32 anos, levaram a filha Lívia para ver o caminhão cor-de-rosa da sua preferida, a Gabi Rampon.

"Nós temos transportadora, é algo do nosso dia a dia. A Lívia é apaixonada desde a primeira vez que a gente veio, é até fã da Gabi Rampon, porque tem um caminhão cor de rosa".

Acompanhado do filho e de mais três sobrinhos, Jonathan Silva não podia perder esse evento com os meninos. "Já tem três anos que frequentamos os eventos de caminhões, porque temos familiares caminhoneiros, aí as crianças têm afinidade com esse universo", termina.

Os ingressos antecipados para assistir à etapa de Campo Grande da Fórmula Truck estão disponíveis no site do evento e garantem a entrada nos treinos e nas provas. Os bilhetes também serão vendidos durante o evento na portaria do Autódromo Internacional Orlando Moura, na saída para Três Lagoas.

Susto - Durante os treinos, um menino de 8 anos teve o pé cortado e o pai, de 25, ferido após serem atingidos por uma peça que se soltou de um caminhão que corria. Os dois foram encaminhados para a Santa Casa.  Um dos organizadores do evento, Gilberto Hidalgo, relatou que logo que as vítimas foram atingidas pela peça, que leva o nome de rolete do cardan, a ambulância prestou socorro.

"Meu sobrinho que também trabalha na organização foi com eles para Santa Casa para atendê-los no que for preciso. Se precisar passar por cirurgia ou qualquer procedimento, nós daremos a assistência. Foi uma fatalidade, o primeiro acidente em quatro anos da nossa organização", disse.

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