Prefeito anuncia escolinha de futebol para crianças com paralisia cerebral
O anúncio foi feito após reunião com campeões de MS no Parapan-Americanos
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) anunciou, nesta quarta-feira (4), que vai ampliar o projeto Escola Pública de Futebol com a inclusão de crianças com paralisia cerebral em turmas de futebol de sete. Este anúncio foi feito após reunião com paratletas sul-mato-grossenses campeões no Parapan-Americanos.
De acordo com Marquinhos, “em duas ou três semanas” o projeto já deve estar funcionando. Ele disse ser uma ideia recente, totalmente relacionada com o alto desempenho dos atletas do estado no Parapan-Americanos. Ainda segundo ele, atualmente três mil crianças participam do projeto Escola Pública de Futebol. Este número deve aumentar com a abertura de turmas de futebol de sete.
Em entrevista à assessoria de imprensa da prefeitura, o diretor presidente da Fundação Municipal de Esportes, Rodrigo Terra, adiantou que “o projeto acontecerá no Parque Ayrton Senna onde já temos projetos voltados ao paradesporto como a Bocha, o Atletismo e a Petra.”
Os medalhistas - Dos cinco paratletas sul-mato-grossenses apenas um não participou da reunião porque passou mal e teve de voltar para casa. O auxiliar técnico da Seleção, Marcos dos Santos Ferreira, declarou que “Esse título foi importante para ele e para os atletas porque dá maior visibilidade ao esporte”. Antes de ser técnico, Ferreira também foi paratleta. Ele começou em 1996 e foi até 2016.
Eles saíram de Campo Grande no dia 17, chegaram em Lima, no Peru dia 18 e começaram a jogar no dia 24. Ao todo foram seis jogos e eles perderam apenas para os Estados Unidos. O grupo recentemente tinha voltado de Sevilha, na Espanha, onde disputaram mundial. “Vai servir para aperfeiçoar mais a equipe e entrosar esse título é resultado de um trabalho que a gente vem fazendo”, completou.
Os treinos da equipe ocorrem no Rádio Clube e no Parque Ayrton Senna. Quando há uma disputa importante agendada eles se encontram todos os dias da semana. Em outras ocasiões, são três vezes por semana.
Para Ferreira, a vitória no Parapan-Americano “foi um marco na história e isso é muito importante para qualquer técnico”.
Heberth Lemes, de 23 anos, é capitão do time. Ele atua como zagueiro e meio campo e começou a jogar em 2014. Para ele, o grupo colheu o fruto de um ano de trabalho. Este foi o primeiro mundial e a primeira Parapan que participam.
“Sentimos o sabor de carregar a bandeira do Brasil lá fora, ouvir o hino nacional com a medalha no peito. É uma sensação inexplicável! O atleta sonha em chegar lá e voltando vitorioso é melhor ainda”, declarou.
O zagueiro e lateral Heitor Luiz Ramires, de 20 anos, disse que é uma experiência inesquecível. “Foi uma emoção muito grande representar o país e conseguir trazer um título”.
Também fazem parte da equipe o goleiro Moacir Fernando, de 31 anos, o lateral e atacante Leonardo Giovani, de 23 anos, e Wesley Gabriel dos Santos Ferreira.