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Jogo Aberto

Acusado de calote em MS, “Faraó dos Bitcoins” é candidato

Anahi Zurutuza, José Roberto dos Santos e Gabriela Couto | 08/06/2022 06:00

Candidato – Processado por ao menos 7 investidores de Mato Grosso do Sul, Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó dos Bitcoins", quer entrar para a política. Preso em agosto do ano passado, quando foi alvo da Operação Kryptos, da PF (Polícia Federal), ele foi solto em outubro e agora, fez publicação nas redes sociais dizendo que se filiou ao partido Democracia Cristã (DC) para se candidatar a deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Ficha limpa? – Por enquanto, apesar de ser investigado por golpes, como não tem condenação em segunda instância, é “ficha limpa”. Em MS, as sete pessoas que investiram na compra de criptomoedas por intermediação de Glaidson alegam nunca ter lucrado com o negócio. As ações pedindo indenização somam cerca de R$ 1 milhão. A decisão mais recente da Justiça estadual determinou o sequestro de R$ 30 mil das contas bancárias já bloqueadas do empresário para garantir o futuro ressarcimento à servidora pública aposentada, de 57 anos.

Desconfiados – Alguns governadores olharam com desconfiança para a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) anunciada pela Presidência da República, que “zera” o ICMS dos combustíveis – no caso óleo diesel e gás de cozinha. Como o imposto é de competência estadual, o presidente Bolsonaro promete ressarcir os estados pelas perdas. E é aí que reside o perigo, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo em anonimato.

Gatos escaldados – A promessa faz lembrar a chamada Lei Kandir, de 1996, que decretou a desoneração de impostos nas exportações de produtos primários e semielaborados, como soja e derivados, e virou um impasse judicial que durou 20 anos.

Credencial que é expedida pelos órgãos de trânsito para idosos. (Foto: Detran-MS/Divulgação)
Credencial que é expedida pelos órgãos de trânsito para idosos. (Foto: Detran-MS/Divulgação)

Direito – O deputado federal Luiz Ovando (Progressistas) usou as redes sociais, nesta terça-feira (7), para “provar” que é idoso e, portanto, têm direito a parar carro em vagas reservadas. “Posso não parecer a idade que tenho, mas sou idoso e exerço meu direito como cidadão”, ironizou.

Fora da lei – Ao revelar que o parlamentar bolsonarista havia agido “fora da lei”, a coluna Jogo Aberto de ontem até citou a idade de Ovando, 73 anos. O problema não é esse. A questão foi a falta do cartão, expedido pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), que deveria estar no para-brisa do veículo conduzido por ele. Se todo idoso tem de ir aos órgãos de trânsito para pedir a credencial, o deputado também deveria usá-la.

Infração - Sem a identificação, o parlamentar tem a opção de estacionar em qualquer outra vaga reservada. Parar em espaço preferencial sem o cartão, contudo, é infração prevista do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que prevê multa e remoção do veículo, além de 3 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Providências - Deputado estadual Amarildo Cruz (PT) voltou a usar a tribuna para falar que está acompanhando a situação na Comissão de Ética da Casa de Leis que apura o uso de arma do deputado estadual João Henrique Catan (PL) durante sessão. "A representação foi apresentada ao corregedor da Casa de Leis, deputado Renato Câmara [MDB], e para poder dar satisfações para quem nos pede informações, eu digo que o corregedor encaminhou o processo ao deputado Coronel David (PL), assim como a representação impetrada pelo Partido Comunista e outra foi avocada pelo deputado Barbosinha (PP)."

Prazo - Segundo o parlamentar petista, a comissão ainda tem tempo para tomar uma decisão. "Essas relatorias têm 45 dias para serem concluídas. O processo continua, nós continuamos acompanhando e cobrando providências.”

Único mal - O deputado estadual Londres Machado (PP) revelou durante discurso de assinatura de convênios do governo do Estado e municípios, na manhã de ontem (7), que já fez mal ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) quando eram colegas de parlamento na Assembleia Legislativa. “O único mal que fiz foi que ele queria ser presidente da Mesa Diretora e eu não deixei.”

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