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Assembleia começa o ano já sem quórum para votação

Waldemar Gonçalves | 10/02/2017 06:00

Que começo, hein – Ontem, a Assembleia Legislativa não teve quórum mínimo de deputados para votar três projetos que estavam em pauta. Na hora da votação apenas 11 parlamentares estavam no plenário. Era apenas a terceira sessão do ano.

Que viagem – O presidente da casa, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), que chegou apenas na hora das explicações finais, justificou que muitos deputados se ausentaram porque uma comitiva viajou com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), para evento da Fibria, no interior do Estado. Já ele e Zé Teixeira (DEM) estavam em uma reunião na presidência.

Quase igual – Ao chegar em visita ao hospital da Cassems, ontem à tarde, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), brincou com a fila de espera, organizada e com poucos pacientes: "Olha, quase igual à Santa Casa e HU", ironizou.

Marqueteiro – Trad tem se mostrado um grande marqueteiro. Ao sinal de boa notícia, imediatamente convoca a imprensa para acompanhá-lo. Na Cassems, avisou aos repórteres: "se eu fosse vocês, ficaria até o fim da reunião, para saber o que vim pedir aqui". Era dinheiro, via parceria, para combate ao mosquito da dengue.

Outro nível – Depois de conhecer as instalações do Hospital Cassems, o prefeito lembrou que a UPA da Vila Almeida era igual quando foi inaugurada, há 4 anos. "Agora, quando chove o teto quase cai na cabeça dos pacientes". A diferença, segundo ele, está na gestão.

Recepção – Na Câmara para entregar documentos, Lauro Davi, presidente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), foi celebrado por vereadores da comissão que investiga irregularidades no órgão. “Este é o homem que vai transformar o IMPCG numa Cassems”, disparou Francisco Carvalho (PSB).

Missão – Com as contas do instituto fechando no vermelho desde 2013, Lauro Davi não tem apenas um grande desafio pela frente, mas também uma “missão”, como classificou o presidente do Legislativo, vereador João Rocha (PSDB), que ainda complementou: “estou com bastante esperança, porque o instituto está precisando de musculatura”.

Medidas amargas – Ciente da bomba que tem em mãos, o chefe da previdência municipal adiantou que vai tomar “medidas que vão doer”, como aumento na taxa de contribuição que sustenta o fundo dos servidores. “Não podemos fazer festa para arrecadar fundos, nem receber doações, não tem outra medida que não seja uma nova alíquota”, disse Davi, sem dar detalhes de quanto será a mordida.

Compromisso – O diálogo faz parte da política e é bom ter ambos ajudando a construir a cidade. A frase resume resposta de Marquinhos sobre conversas entre o partido dele, o PSD, o PTB, de seu irmão Nelson Trad Filho, e o deputado federal José Orcírio, o Zeca do PT. Marquinhos garante que não pensa na disputa eleitoral de 2018, mas é que bom ter o máximo de apoios para trabalhar em favor de Campo Grande.

Amigos – Em complemento à sua declaração com relação às próximas eleições, Marquinhos foi direto ao dizer que tem uma relação "carinhosa e afetiva" com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). A parceria entre Estado e município, diga-se, tem sido decisiva também neste início de gestão na Capital.

(com Alberto Dias, Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo e Yarima Mecchi)

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