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Multa de R$ 1 mil vai acelerar caçada a quem passa trote

Por Anahi Zurutuza e Gabriela Couto | 10/11/2023 06:00

Mais rigor – A Assembleia Legislativa aprovou e agora vai à sanção projeto de lei que prevê multa de R$ 1.137,40 para empresa telefônica que não informar dados de quem for pego passando trote à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O valor pode dobrar em caso de reincidência.

Dinheiro público – A ideia é usar os dados para ir atrás do “engraçadinho”, que comete crime ao comunicar situação falsa às equipes de emergência. O valor, contudo, não paga nem o deslocamento à toa de uma viatura dos bombeiros, por exemplo, já que o custo médio da saída para atender uma ocorrência de incêndio, por exemplo, é calculado em R$ 1.180.

Encontro improvável – Festa para promover o “Leitão no Rolete”, em Brasília, foi palco de climão na quarta-feira (8), conforme descreveu o Estadão. É que no mesmo ambiente, estavam a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e ruralistas, justamente na noite de impasse sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao marco temporal. No grupo do agro, estava a representante sul-mato-grossense da categoria, senadora Tereza Cristina (PP), além do senador Nelsinho Trad (PSD).

O agro é forte – A festa, aliás, foi organizada pela Prefeitura de São Gabriel do Oeste, cidade que tem o agronegócio como um das principais fontes de renda e que promove anualmente o “Leitão no Rolete”, com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul. O deputado Vander Loubet (PT-MS), parlamentar que é do partido de Lula, mas também integra a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), também esteve por lá.

Climão – O encontro aconteceu logo depois da aprovação da reforma tributária no Senado. O climão se deu, ainda conforme a apuração do Estadão, porque Lula fechou um acordo com senadores para aprovar a proposta. Em troca, concordou em pautar o veto de Lula ao marco temporal, causando insatisfação na base de apoio à causa indígena. A ideia da bancada do agro é derrubar o veto no Congresso.

Vander Loubet ainda com cicatrizes de implante capilar (Foto: Reprodução das redes sociais)
Vander Loubet ainda com cicatrizes de implante capilar (Foto: Reprodução das redes sociais)

Cobertura nova – Quem também anda chamando a atenção em Brasília é o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), que apareceu careca esta semana. Até outro dia, estava usando boné para disfarçar os pontinhos do implante capilar que resolveu fazer, mas com agendas no gabinete e Congresso, precisou tirar o acessório informal da cabeça. A coluna apurou que apesar de não sofrer de calvície, o parlamentar decidiu passar pelo tratamento cirúrgico antes de perder os fios.

Acolhimento – O deputado estadual, Rinaldo Modesto (Podemos) apresentou projeto de lei que assegura à gestante que sofra aborto ou perca o bebê em estágio avançado ou logo após a gravidez (morte perinatal) lugar reservado em maternidade. A ideia é não obrigar a mulher a ficar no mesmo ambiente que outras mães com recém-nascidos. O texto está em análise da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação).

Presente de natal – O governo vai usar R$ 2,3 milhões do orçamento estadual para asfaltar trecho, de mais ou menos 300 metros, que liga a rodovia MS-382, na cidade de Bonito, ao frigorífico Franca Comercial. Para justificar o gasto, a Agesul, responsável pela obra, alega que a empresa privada “é um polo de geração de emprego e renda” para a cidade. O acesso pavimentado deve ficar pronto em 90 dias.

No STF – A J&F Investimentos, holding que administra os negócios dos irmãos Wesley e Joesley Batista, foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido para suspender a venda da Eldorado Celulose, negócio em Mato Grosso do Sul sob disputa com a Paper Excellence há seis anos. Pediu ainda a suspensão de todos os pagamentos que concordou em fazer no acordo de leniência fechado no âmbito da operação Lava Jato.

Motivo – O pedido foi anexado à reclamação onde o ministro do STF, Dias Toffoli, declarou imprestáveis as provas da Odebrecht na Lava Jato. A defesa da holding alega que a venda da Eldorado foi imposta pelo MPF (Ministério Público Federal) para a celebração da leniência (perdão).

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