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Renúncia ou cassação deve levar novo suplente à Câmara

Edivaldo Bitencourt | 24/04/2015 06:00

Constrangimento – O indiciamento do vereador Alceu Bueno (PSL) causou constrangimento aos vereadores de Campo Grande. Considerado “homem de Deus” até ser citado no escândalo sexual, o parlamentar deve enfrentar a Comissão Processante na próxima semana. Ele pode renunciar ao mandato para preservar os direitos políticos.

Estratégia – A renúncia foi a estratégia usada por Robson Martins e César Disney em 2003. No entanto, apesar de manter os direitos políticos e ser inocentado pela Justiça três anos depois, Martins não conseguiu mais ser eleito. Disney morreu de câncer em 2006.

Personagem – Chamou a atenção a inclusão do advogado Abadio Rezende na defesa de Alceu Bueno. Ele foi advogado dos vereadores em 2003. O delegado Paulo Sérgio Lauretto prometeu concluir o inquérito nesta sexta-feira.

Suplente – Com Francisco Luís Nascimento, o Saci, empossado como vereador na vaga de Elizeu Dionízio (SD), a eventual cassação de Bueno abre as portas do legislativo para outro novato. Com 2,4 mil votos, Roberto Santana dos Santos pode ser o novo vereador de Campo Grande.

Mina – Os acusados da extorsão – Robson, Luciano Pageu e Fabiano Otero – planejavam uma fábrica de dinheiro. Eles buscavam políticos com boa reputação e ligados às igrejas para oferecer as meninas, filmar e depois fazer a chantagem. A polícia suspeita que o número de “homens de bem” não foi maior porque o esquema desmoronou antes.

Relator – O vereador Eduardo Romero (PTdoB) será o relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). A peça orçamentária apresentada pela Prefeitura de Campo Grande pretende ser mais pé no chão ao prever, diante de um cenário de crise, incremento de apenas R$ 2 milhões para o próximo ano.

CPI - O deputado Beto Pereira, relator da CPI da Enersul, ponderou que não houve qualquer resistência da Aneel para repassar os documentos sobre a concessionária. O órgão regulador alegou que os documentos são públicos. Os nomes da lista confidencial, segundo o pedetista, são pessoas ligadas ao setor empresarial e elétrico.

Outro estado - Beto Pereira ressaltou que eles devem entrar em contato com a Assembleia de Tocantins para trocar informações. Os deputados daquele estado também investigaram operação semelhante. A documentação coletada até o momento já supera mil páginas.

Roteiro – Ao saber de que será alvo de novos protestos, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), trocou o local do evento em Campo Grande. Ele optou pelo auditório da Fiems, onde o acesso será restrito. Inicialmente, a Câmara Itinerante seria na Assembleia, onde os manifestantes teriam acesso mais fácil.

Barulho – A aprovação da terceirização, concluída na quarta-feira, deu gás aos protestos contra Eduardo Cunha. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) garante que tem 300 pessoas confirmadas para o protesto nesta sexta-feira na Avenida Afonso Pena, onde fica a sede da Fiems.

(colaboraram Lidiane Kober, Kleber Clajus e Leonardo Rocha)

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