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Sumiço de bermudas paraguaias intriga vereadores

Waldemar Gonçalves | 30/06/2016 06:00

Bermudas recolhidas – Depois da polêmica envolvendo a entrega de uniformes “made in Paraguai” a estudantes da Rede Municipal, vereadores de Campo Grande receberam denúncia de que as bermudas de material duvidoso fabricadas no País vizinho foram recolhidas pela Secretaria de Educação e os alunos estariam recebendo apenas camisetas, essas feitas no Brasil. Segundo parlamentares, o fato remete ao ditado que diz “onde há fumaça, há fogo”.

Comboio do uniforme – Na terça-feira, os vereadores enviaram requerimento à Prefeitura pedindo explicações sobre a compra dos uniformes. Mas, no dia seguinte, os requerentes Edil Albuquerque e Otávio Trad (ambos do PTB) concluíram que isso demoraria muito e resolveram ir pessoalmente cobrar explicações. Foram recebidos pelo secretário municipal de Administração, Ricardo Ballock, que “prometeu” providenciar a cópia dos documentos sobre a licitação, concorrentes, vencedores, pagamento e notas fiscais.

Luz para todos – Os parlamentares questionam também o destino de R$ 53 milhões, em caixa, provenientes da taxa de iluminação pública. Em 1º de junho, o prefeito, Alcides Bernal (PP), disse ao Campo Grande News que um grande projeto de modernização do sistema de luz era finalizado e seria anunciado por aqueles dias. Porém, até agora nada. Por outro lado, cumpriu a promessa de vetar a suspensão da taxa de iluminação, a contragosto dos vereadores.

Agora vai? – Pelo menos uma das polêmicas o prefeito promete finalizar na tarde da próxima sexta-feira (1º de julho), ao fazer a entrega simbólica de 42 casas construídas pelos ex-catadores removidos para o Vespasiano Martins. Porém, ainda não há previsão para o levantamento das casas nos outros três locais que receberam as famílias da Cidade de Deus: Canguru, Bom Retiro e Dom Antônio. Detalhe: a suplementação orçamentária para este fim já está liberada, no valor de R$ 3,6 milhões.

Pela tradicional família – O arcebispo de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, esteve na Câmara ontem para reunião sobre projeto de lei do Executivo contra “discriminação por preconceito à orientação sexual e identidade de gênero”. Para o líder católico, o texto precisa de alterações, já que igrejas são espaços públicos e, segundo ele, pessoas do mesmo sexo poderiam se beijar por lá, livre de repressões. O bate-papo envolveu Paulo Siufi (PMDB), Eduardo Cury e Herculano Borges, ambos do SD, e Roberto Santana, o Betinho (PRB).

Safadezas à parte – Já a vereadora Luíza Ribeiro (PPS) ponderou que igreja não é lugar para ninguém se beijar, independente de orientação sexual. “Tem muito hetero que é mais safado que gays e que aprontam muito. Então, não dá para generalizar nenhum dos lados”, defendeu. O vereador Eduardo Romero (Rede) entende que tal projeto é embasado no respeito e preconizado por lei estadual já existente. “Não vejo motivo para o alarde de alguns vereadores”.

Licença contra acidentes – O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse ontem que só falta a liberação de licença ambiental do Imasul, órgão do próprio Estado, para que a duplicação da Avenida Euller de Azevedo, em Campo Grande, receba a ordem de serviço para ser duplicada. Ele ponderou que este projeto vai certamente evitar novos acidentes na região.

Governo em tempos difíceis – Reinaldo mandou recado aos gestores, dizendo que é justamente na crise que os governantes precisam ser competentes, viabilizando projetos importantes para a cidade e Estado. "Governar em tempo de riqueza e fartura era fácil", comentou.

Cores do meu time – O governador não deixou de brincar com os estudantes, na entrega de reforma de escola estadual, nas Moreninhas. Explicou que o prédio tinha sido pintado de amarelo, verde e azul em função das cores da bandeira do Estado. "Existe uma lei estadual sobre o tema, o verde não é porque o governador torce pelo Palmeiras, até porque sou corintiano".

Comparação – O vereador Chiquinho Telles (PSD) não deixou de cutucar o prefeito Alcides Bernal (PP), durante a agenda do governador na Capital ontem pela manhã. Lembrou que "enquanto se discute tapa-buracos no município, o governo faz reformas e inaugurações na cidade".

(com a redação)

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