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Arquitetura

Cento e seis anos de história estão prestes a desabar em Campo Grande

A última vez que o espaço foi usado pela comunidade foi em oração do terço em maio do ano passado

Por Lucia Morel e Ana Beatriz Rodrigues | 04/02/2025 18:25
Cento e seis anos de história estão prestes a desabar em Campo Grande
Busto de Tia Eva em frente à Igreja São Benedito, erguida em 1919. (Foto: Juliano Almeida)

Cento e seis anos de história estão prestes a desabar. O risco cada vez mais iminente da Igreja São Benedito despencar pode não esperar que a Prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado sejam notificados de determinação judicial que os condena ao pagamento de multa de até meio milhão pelo descaso com a comunidade. Mandado foi expedido ontem e encaminhado ao município e à Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A decisão inicial é de julho do ano passado.

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A Igreja São Benedito, com 106 anos de história, corre risco de desabar em Campo Grande. Uma determinação judicial obriga a Prefeitura e o Governo do Estado a tomarem medidas emergenciais para evitar o desabamento, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00, limitada a R0.000,00. A Defesa Civil lacrou a igreja devido ao risco de queda do teto e rachaduras nas paredes. A prefeitura alega que já concluiu o projeto de restauro e o entregou à Fundação de Cultura do Estado, responsável pela execução da obra. O Estado não se manifestou.

Nele, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos determina que ambos sejam “cientificados do estado atual e do risco de ruína imediata do telhado no imóvel objeto desta ação, bem como para que adotem, no prazo de 15 dias, as providências emergenciais (...) para evitar o seu desabamento, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 limitada a R0.000,00 e responsabilização no caso de mutilação e descaracterização do bem em razão da inércia.”

No último dia 24 de janeiro, a Defesa Civil Estadual lacrou a igreja e hoje, a Defesa Civil Municipal foi até lá e colocou uma fita zebrada no entorno para que ninguém se aproxime. “O teto cedeu, as paredes estão rachadas, e a parede está com risco de cair para a frente e pode machucar alguém”, disse o presidente da Associação dos Descendentes da Tia Eva, Ronaldo Jefferson.

Cento e seis anos de história estão prestes a desabar em Campo Grande
Fita de proteção indica que está proibida aproximação à igreja. (Foto: Juliano Almeida)

Segundo ele, a orientação das defesas civis foi de que o local ficasse totalmente isolado. “Muitas crianças brincam de pega-pega e idosos também ficam próximos”, comentou.

Ele contou que a última vez que o espaço foi usado pela comunidade foi em oração do terço em maio do ano passado. “Missas eram duas ao ano, em maio e novembro, com a comemoração do aniversário da comunidade e da morte de Tia Eva”, disse. “A última reforma, quem fez foram os moradores”.

A reportagem questionou o município e o Estado sobre a situação. A prefeitura disse que foi acordado com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul que o município, através da Secult (Secretaria-Executiva de Cultura e Turismo) “ficou responsável pelo projeto executivo do restauro”, sendo que este já foi concluído e entregue à Fundação de Cultura do Estado de MS, que executará a obra. O Estado não encaminhou resposta até a publicação deste material.

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