Garrafas cheias e vazias, a decoração nem tão óbvia nos restaurantes da cidade
Parece padrão. Hoje, todas as reformas de bares de restaurantes de Campo Grande encomendam um carregamento de tijolos de demolição e madeira, e assim, um vai ficando a cara do outro.
Pode ser churrasco, massa, sanduíche, a combinação madeira e tijolos, com uma cor meio areia nas paredes é fórmula recorrente. Outra figurinha da vez é o uso de garrafas, no chão, no teto, na parede, mas há criatividade mesmo no estilo padronizado.
Na Masseria, restaurante especializado em massas na avenida Afonso Pena, a cor clarinha das paredes virou cimento queimado, dos pés à cabeça. A ideia da arquiteta Dayse Nogueira foi transformar o lugar no prolongamento da casa do cliente.
Mas o lustre da entrada é o que mais atrai olhares. Feito com garrafas vazias e ferro, a peça de tom envelhecido foi trazida da Itália. “Gosto disso, do rústico chique”, comenta.
A mistura é conhecida, o concreto para esfriar, a madeira e o tijolo de demolição para esquentar, e assim o ambiente vai ganhando identidade. Para judar, um jardim vertical que também virou moda, graças a tecnologia de irrigação que sobe pelas paredes.
Na Parrilla Pantaneira, o balcão do caixa é feito com as garrafas reutilizadas de vinho, bebida chamariz no cardápio do restaurante.
O projeto de Paulo Hernandez nasceu da bebida, foi concebido como uma grande adega, com todo o salão revestido de madeira e as marcas importadas estão espalhadas pelo lugar, formando divisórias entre os ambientes.
No Vermelho Grill, a fachada continua igual, diferente pela rusticidade. No interior, as garrafas também são personalidade, com um glamour especial.
No restaurante especializado em carnes, a adega fica ao olho do cliente, ao lado das mesas, separada apenas por um coadjuvante: o vidro.