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Artes

Do amor à loucura, peça volta no tempo e faz reviver a década de 1980

O espetáculo foi montado pelo Grupo Casa e conta a história de um casal recém-separado que se reencontra

Alana Portela | 12/09/2019 08:17
Na peça, os personagens vivem entre o amor e loucuras  (Foto: Divulgação)
Na peça, os personagens vivem entre o amor e loucuras (Foto: Divulgação)

Entre amores e loucuras, o Grupo Casa volta ao palco para uma viagem no tempo. Após um mês de ensaios, os atores fazem a reestreia da peça “Amor 1980”, a partir das 20h, no teatro localizado na Chácara Cachoeira. Os ingressos variam de R$ 10,00 a R$ 20,00 e podem ser comprados uma hora antes, na sede do coletivo. 

“Escolhemos essa data porque em janeiro de 1985, ocorreu o Rock in Rio e tem um réveillon que acontece na peça. Estamos marcando uma época. A gente tem a porta de um fusquinha de 1976, no cenário. Todas as referências musicais e estéticas que a gente usa são inspiradas nos anos 80”, conta o diretor Fernando Lopes Lima.

A peça conta a história de dois personagens, Ele e Ela, um jovem casal recém-separado que percebe que a verdade do amor está em viver toda sua essência, entre muitas loucuras. A peça fala do reencontro após esse período separado. Eles ‘lavam a roupa suja’, jogam as coisas na cara um do outro, revelam segredos, se divertem e se amam de novo.

“Quando eles se reencontram há uma explosão de acusações, mas todas são muito pertinentes. Inclusive, nessa montagem, dividimos o personagem Ele em três: o romântico, o questionador e o prático. Enquanto Ela é uma, única, completa de todas as suas nuances”, conta o diretor, que também assina o cenário e faz parte do elenco.

Por se passar na década de 1980, a decoração, o figurino, as músicas e cores lembram essa época em que tudo parecia mais “louco” e livre. “Tudo remete a esse mundo cheio de cores, de maluquices e liberdades, e é nessa ‘bagunça’ que acontece o reencontro de um grande amor. E esse é o grande ponto onde todo mundo se conecta, todo mundo já viveu algum amor”, afirma a atriz Ligia Prieto.

A peça foi inspirada nos romances “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Arnaldo Jabor, “O Coiote”, de Roberto Freire, e “Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector. O espetáculo foi apresentado pela primeira vez em 2015, porém, passou por adaptações no cenário.

“Hoje é a apresentação, mas pretendemos manter o espetáculo em cartaz. Sentimos falta disso em Campo Grande, e acreditamos que o teatro é algo a se fazer todos os dias”, destaca. 

Em cena, Ela se separa e vai se redescobrindo (Foto: Divulgação)
Em cena, Ela se separa e vai se redescobrindo (Foto: Divulgação)

Na avaliação de Fernando, é um espetáculo que cabe em muitos lugares, com classificação indicativa para 12 anos. “A gente gosta de conversar com o público. Estamos dentro de uma casa privada, mas também é um espaço de representação, um teatro. Quem chega aqui encontra o portão de uma casa, um portão de garagem que agora é usado como roll de teatro e quando entra na casa se dá conta que está no teatro”.

As apresentações seguem até o dia 15 e depois voltam de 19 a 22 de setembro, sempre às 20 horas.

Além de Lígia e Fernando, os atores Begèt De Lucena, Bruno Loiácono, Bruno Sarate, Kelly Figueiredo e Samuel Alejandro compõem o elenco da peça que propõe o resgate de uma liberdade perdida nos dias atuais para falar de amor, se entender amante e se entender amado. Sempre é uma boa hora para se falar de amor.

Serviços - A sede do Grupo Casa fica na Travessa Nelson Tabelião Pereira Seba, número 8, na Chácara Cachoeira.

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Os personagens dentro do fusca de 1976  (Foto: Divulgação)
Os personagens dentro do fusca de 1976 (Foto: Divulgação)
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