Escritora mostra em Bonito os desafios da mulher negra através de sua poesia
Os encontros literários continuam a toda na oitava edição da Feira Literária de Bonito. Um dos destaques foi a conversa com a poeta Jô Freitas, que veio da Bahia para celebrar a literatura no Mato Grosso do Sul.
Mediada pela professora Karina Vicelli (IFMS), a autora encantou o público com seus poemas e seu livro de contos 'Goela Seca", que aborda a vida de uma jovem negra desde a infância e juventude até a vida adulta, passando por brincadeiras de criança e os desafios de ser uma mulher negra em uma sociedade machista e racista. Esse é o primeiro livro de Jô e nasceu de narrativas que permeiam a periferia e a Bahia, estado onde a autora nasceu.
Essa é a primeira vez de Jô em Bonito e, segundo ela, uma oportunidade de levar suas letras para uma região diferente, longe do eixo dos grandes centros como São Paulo. Para a poeta, a literatura precisa estar presente em todos os espaços. "Para mim, a ostentação tem que ser o livro. Ele é que deve estar no hype. A literatura deve ser tão acessível quanto o celular, que é muito mais caro e, mesmo assim, está nas mãos de muitas crianças", afirmou.
Ela lembrou ainda que eventos como a Feira Literária de Bonito abre novos horizontes, possibilitando que mais pessoas tenham acesso à literatura. "Não podemos fazer isso sozinhos; é um esforço coletivo", frisou.
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