Na pandemia, terapia de Paula é fazer colar inspirado em animais
Aos 34 anos, a administradora é apaixonada por Mato Grosso do Sul e resolveu usar criatividade para homenagear o Estado
Criativos e charmosos, a fabricação de colar é terapia para Paula Guimarães em tempos de pandemia. A administradora resolveu apostar no hobby para encarar o período de isolamento, em Campo Grande. A produção é em casa e ela aproveita a paixão que sente por Mato Grosso do Sul para produzir acessórios inspirados em animais e árvores do Estado.
“Tem o de tuiuiú, curicaca, arara, ema, ipê. Fazer colares é como uma meditação, uma terapia. Acredito que todos deveriam dedicar uma parte do dia para criar algo. O isolamento trouxe novas exigências e, realmente, se não fossem os colares eu estaria deprimida”, diz.
Aos 34 anos, ela relata que aprendeu a produzir os colares sozinha, ainda na infância. “Sempre gostei e faço desde criança, pois adorava ganhar kits para fazer pulseiras”, lembra. Devagar, Paula foi se aperfeiçoando e hoje abusa da criatividade para fabricar os assessórios de forma artesanal.
A base dos colares é de corda náutica, miçangas e micro miçangas. “Sempre faço um plano para saber onde entra cada cor, qual cores vou utilizar. Tem algumas pedras feitas de cimento, que eu mesma modelo a mão, lixo e faço a pintura. Mas, tem também a de resina, essa, desenho o que quero e envio para um fornecedor fazer os moldes pra mim”.
Desde que começou, Paula já produziu colares inspirados na ave curicaca, onde usou pedras de cimento arredondadas, no tom rosa meio avermelhado. “O nome é porque uso uma espátula para modelar que lembra o bico dessa ave”, explica.
Na coleção também tem o colar de tuiuiú, nos tons vermelho, amarelo, branco e preto, com um pingente vermelho que lembra a cor do pescoço da ave. Tem ainda o de tamanduá, no qual o pingente se assemelha o bico do animal. “O de arara, uso apenas miçangas e cordão náutico e são coloridos e vibrantes que lembram o pássaro”.
“Sigo várias pessoas que fazem e também várias marcas, isso ajuda a ter ideias. Mas, a inspiração surge mesmo quando coloco músicas para ouvir e me desligo do mundo. Adoro escutar Almir Sater quando estou criando algo”, comenta.
As produções costumam ser à noite e aos finais de semanas, períodos em que Paula está mais tranquila em casa. “Reservo momentos para os colares. Meus filhos adoram e ajudam a escolher nomes e cores. Meu marido avalia todas as fotos, ele ama fotografia, então opina sobre as imagens. Se tornou uma atividade para toda família”, afirma.
São tantos anos produzindo que ela até perdeu as contas de quantos acessórios já fez. “Fazia pra mim. Mas, chegou uma hora que onde olhava, via os colares em casa”, diz. Há algum tempo, criou perfil no Instagram “Atelier Maria Joaquina”, onde posta fotos dos acessórios.
Contudo, apesar da divulgação, Paula destaca que a produção não é sua fonte de renda. “Não é minha atividade principal, não faço por encomenda nem tenho loja. Produzo e divulgo o que consigo fazer, até mesmo porque tem colares que levam mais de dez dias para finalizar”, explica.
No entanto, algumas pessoas até já entraram em contato para poder comprar as peças. Quando isso acontece e Paula tem o colar pronta-entrega, ela vende. Por se tratar de peça artesanal e exclusiva, os preços são a partir de R$ 65,00.
O hobby também é uma forma de Paula manter o estilo. “Sempre uso, mesmo em home office me arrumo. Quem chega em casa, me encontra arrumada e de colar”, conclui.
São diversas opções delicadas e charmosas que podem ser conferidas através do perfil @ateliermariajoaquina.
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