Peça de mulheres da cidade e aldeia sugere que um se coloque no lugar do outro

“Jaity Muro” é um espetáculo-performance que foi criado a partir das histórias de duas mulheres diferentes. Vivências e trocas urbanas e da reserva indígena se transformaram em um texto reflexivo sobre o que divide e une os dois lados. Coincidindo com o Dia Internacional da Mulher Indígena, celebrado ontem (5), o espetáculo permanece em cartaz hoje e amanhã (7), na Sede do Grupo Casa, em Campo Grande.

A peça vem de Dourados e os preços dos ingressos são bem acessíveis, custam R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia-entrada.

No enredo, Jaity significa na língua Guarani-Kaiowá “derrubamos ou derrubemos” e traz as histórias da professora e atriz Junia Pereira e a professora e estudante kaiowá, Kunã Poty Rajegua. Junia é da cidade e Kunã da aldeia Jaguapiru. As duas narram realidades diferentes e se juntaram para produzir uma pesquisa que parte da premissa feminista do “pessoal é político”.

Do novo a partir do encontro, das marcas, das igualdades e diferenças. Elas mostram “em cena” tudo que lhes aproximam e o que distanciam. “A dramaturgia foi criada a partir das experiências e do processo criativo, elas fizeram toda pesquisa do processo criativo também a partir das vivências, contando também as tradições ritualísticas de cada uma das suas famílias”, explica a diretora Karla Nevez.

A performance também fala das perspectivas diferentes, onde cada uma consegue ver e vivenciar o mundo de uma maneira. “Tem também a possibilidade de se colocar do outro e aspectos que dividem quem vive na cidade e aldeia, mas em determinado momento o público interage com o espetáculo de uma maneira surpreendente”, completa.

Quem quiser curtir, o espetáculo é às 20h e a sede do Grupo Casa fica na Travessa Tabelião Nelson Pereira Seba, 8, Chácara Cachoeira.

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