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Artes

Secretaria oferece Marco para a despedida de Ilton Silva

Família pedia ajuda para fazer translado do corpo, apoio que foi garantido pelo Governo do Estado

Guilherme Henri | 23/06/2018 19:37
Ilton Silva, de 76 anos pintando uma de suas telas (Foto: Acervo/ Facebook)
Ilton Silva, de 76 anos pintando uma de suas telas (Foto: Acervo/ Facebook)

O Governo do Estado por meio da Secretaria de Cultura e Cidadania ofereceu o Marco ( Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul) para a despedida do artista plástico Ilton Silva, de 76 anos.

Por meio do Facebook, a família do artista pedia apoio para ajudá-los com o translado do corpo de Joinville (SC) a Campo Grande, onde o corpo será enterrado.

Em nota, a secretaria de cultura garantiu que “estão em contato com a família para auxiliar em todos os trâmites”. Além disso, o titular da pasta, Athayde Nery, lamentou a morte de Ilton e destacou que Ilton era um “grande artista que representava em suas telas toda a diversidade e riqueza de nossa cultura”.

Detalhes sobre dia e hora em que o corpo chegará ao Estado ainda não foram divulgados. A reportagem tentou contato com a família, mas foi informada que todos os trâmites ainda estão em curso.

O artista - lton morreu neste sábado (dia 23). Ele estava internado há cinco dias, com quadro de pneumonia e anemia. O artista nasceu em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.

Na infância, os primeiros desenhos foram na areia. Depois, começou a frequentar a escolade uma tia, que o deixava desenhar na lousa. O primeiro quadro foi aos 11 anos de idade.

Em 2016, o Lado B encontrou o artista, que morava em Santa Catarina, no Hotel União, em Campo Grande. Na bagagem, sua série mais famosa: “Cores e Mitos”, com telas multicoloridas. A série foi inspirada no cultivo da erva-mate, com mulheres paraguaias e benzedeiras.

Segundo ele, eram os cenários de quando menino. “Aquelas trabalhadoras da erva-mate pegavam as criancinhas no colo e parecia que o amor que elas tinham era tão grande, que saravam”, disse ao Lado B em 19 de outubro de 2016.

De “Cores e Mitos”, Ilton passou para outras séries, como “Peão” e “Natureza Viva”. “Com o tempo vão entrando novos personagens. A gente não fica parado e não acaba nunca”, disse.

Contando de sua veia cigana, ele pretendia vender as obras, ainda que pela metade do preço e relatou viver tempos difíceis. Ele deixa cinco filhos.

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