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Comportamento

Afinal, Campo Grande é a cidade dos ipês, das araras ou do pôr do sol?

São muitos os cenários que fazem a gente parar e registrar em foto, mas o que define melhor a beleza da cidade?

Thaís Pimenta | 20/08/2018 09:02
Clique do fotógrafo Andre Bittar com a hastag #meuclickcgnews, que alimenta as galerias de imagens de todas as fotos a seguir.
Clique do fotógrafo Andre Bittar com a hastag #meuclickcgnews, que alimenta as galerias de imagens de todas as fotos a seguir.

Dependendo do cenário, Campo Grande ganha um título diferente. Se o céu está limpo, é a Capital do pôr do sol. Pela manhã, quando o grito das aves toma conta, é a cidade das araras. Mas na época da florada, ninguém ganha dos ipês. É fácil notar que as cores são os elementos que fazem qualquer uma das opções citadas incríveis e transformam a Morena em uma cidade colorida.

Muita gente arrisca no click destas belezuras para mostrar a quem não é daqui que nossa cidade é de tirar o chapéu. Com a hashtag #meuclickcgnews, os leitores têm um espaçinho virtual para mostrar suas habilidades na fotografia e são justamente as araras, os ipês e o pôr do sol, os três elementos que mais aparecem nas imagens.

E na semana que antecede o aniversário de Campo Grande, o Lado B quer medir a preferência: Afinal, a cidade é a Capital das araras, dos ipês ou do pôr do sol? (vote no final)

As araras são a maior diferença em meio a arquitetura urbana de Campo Grande. Nós temos até uma espécie própria: a arara hibrida, resultado do cruzamento da espécie vermelha com a canindé.

Bem-vindas, as aves que já são símbolo do Pantanal e por aqui fazem seus ninhos nos topos secos das palmeiras. O material em decomposição serve de base para o conforto do filhotes.

Por isso, é importante reiterar a necessidade de se manter estes troncos pela área urbana da cidade. Caso contrário, o privilégio de avistar essas lindas cantoras, que ecoam seu característico som por onde passam, já não faria mais parte da rotina do campo-grandense.

Para não fazer injustiça, as capivaras também têm presença suficiente para entrar nessa lista como representante da fauna sul-mato-grossense, só que Curitiba já tomou para si o bichinho como personagem.

O cineasta Rodolfo Nonose Ikeda considera tudo significativo, seja bichou ou seja planta. Na opinião dele, uma beleza não exclui a outra, porque é o conjunto que agrada. "O ipê remete às estações do ano. As araras à natureza, é inevitável, sobrevivendo, se adaptando. E acho que o céu destaca o sol porque o Pantanal é uma planície, é plano, sobra céu. Tem um lusco-fusco, a hora mágica do sol, lindo, sublime".

Agosto é mês da florada dos ipês brancos e começam a surgir pela cidade corredores de flores pelo chão, como um presente de aniversário para Campo Grande. Antes, já vieram os amarelos, os rosas... São muitos, principalmente em parques e avenidas.  

Nas últimas décadas a prefeitura investiu na espécie para fortalecer a marca da Capital dos Ipês, principalmente, nas saídas da cidade. Pelas residências, também há árvores que fazem parte da história das famílias. Por isso, quando é tempo de ipê florido, os pontos turísticos para fotos se multiplicam. 

O ipê-amarelo já ganhou seu próprio título. Em julho deste ano se tornou oficialmente o símbolo de Mato Grosso do Sul. O governo sancionou a lei, que prevê, ainda, o emprego da imagem em documentos oficiais, peças publicitárias e de comunicação visual, sempre que o Estado quiser divulgar as belezas e características botânicas.

O grafiteiro Giu Beto, um campo-grandense que tem o prazer de rodar algumas cidades deste Brasil vez ou outra, encontra em Mato Grosso do Sul o motivo para escolher o cenário preferido nessa disputa. "Miranda, Bodoquena, Corumbá e Bonito tem bem mais araras e ipês do que aqui. Então, acho que Campo Grande venceria pelo pôr do sol, é o que diferencia".

Sobre as cores únicas do pôr do sol campo-grandense, a ciência também tem uma explicação. "Nesta época do ano é quando a gente tem mais poeira na atmosfera, são as partículas que a gente tem, e isso acaba dando essa coloração até mais avermelhada, deixando esse pôr do sol mais bonito. E lógico que a nossa Capital não tem morros ao redor e isso facilita um pouco a vista do sol mais no horizonte possível", diz Elizabete B. Mendes.

Finalmente, um voto contabiliza a exuberância do nosso sol se pondo como a caraterística mais marcante da nossa cidade. Débora Mendes é publicitária e por andar muito a pé, ela tem o privilégio de notar paisagens perdidas por quem vive dentro do carro.

"Pessoalmente o pôr do sol é o que mais me encanta. É o horário que geralmente eu estava saindo da aula, agora  é quando eu saiu do trabalho, e pra mim quase todo dia tem um pôr do sol incrível. As araras ja é mais difícil de ver, e os ipês são lindos mas não tem o ano todo", comenta ela, que ainda elenca os pontos em que enxerga os tons mais belos pintando o céu: "no estacionamento da Universidade Federal, em frente ao Lago do Amor, e em uma praça que fica na lateral do Shopping Campo Grande".

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*Todas as imagens foram retiradas das marcações feitas pelos leitores por meio da hashtag #meuclickcgnews.

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