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Comportamento

Após 10 anos longe de MS, saudade da família vira tatuagem na pele

Covid-19 fez Maritza retornar às pressas para MS, e a família que ficou acabou sendo homenageada em tatuagem delicada

Thailla Torres | 03/12/2020 09:07
Foto que Maritza mais gosta da família virou sua nova tatuagem (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto que Maritza mais gosta da família virou sua nova tatuagem (Foto: Arquivo Pessoal)

Há 12 anos, a sul-mato-grossense Maritza Ricciardelli, de 44 anos, vive na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. E a última lembrança que tinha em solo campo-grandense foi em 2010. Neste ano difícil, a covid-19 a fez voltar correndo para a cidade e reencontrar a mãe que contraiu o vírus. Sua chegada e a saudade da família que ficou no país norte-americano viraram a primeira tatuagem, cheia de significados.

“Meu pais ficaram aqui, todos os filhos e netos estão nos Estados Unidos. Mas a cada 2 anos eles vão nos visitar. Há três anos eu vinha programando esta viagem de retorno ao Brasil, mas por conta de circunstancias da vida, como filhos e estudo, eu não consegui voltar. Este ano voltei porque minha mãe teve a covid-19, foi assintomática, mas após dois meses começou a apresentar sequelas respiratórias”, conta.

E diante de um ano conturbado, em que muitas pessoas perderam a vida por causa do vírus, Maritza decidiu tatuar o amor pela família em seu corpo. “Nunca tive tatuagem, meu pai sempre foi um pouco rígido quanto a isso. E agora sendo mais velha decidi registrar o amor por meus filhos e esposo no meu corpo. Eles são a razão da minha vida e, por eles, quero ser uma pessoa melhor”, diz.

Tatuagem feita por Nana Almeida (Foto: Arquivo Pessoal)
Tatuagem feita por Nana Almeida (Foto: Arquivo Pessoal)

Na tatuagem estão o esposo Ted (esposo), o filho mais velho Tedynho e o caçula Nick. O desenho foi feito pela própria prima, a tatuadora Nana Almeida do estúdio Beauty Queen. “Sempre acompanhei o trabalho da minha prima, que é um de um talento indiscutível. Queria que a tatuagem fosse feita por ela”.

A imagem carrega agora significados especiais, o amor pela família que ficou em outro país e um retorno a Campo Grande, cidade que carrega para sempre no coração. “Eu não vinha para esse estado há 10 anos. Foi muito bom ter vindo. Por motivos de força maior não pude rever muita gente, mas foi muito especial estar aqui”.

Maritza voltará em breve para casa e fará surpresa para o marido e os filhos com a tatuagem. Mas a saudade de MS permanece. “Daqui confesso que sinto falta das frutas, de certos pratos culinários, em ver os animais e as aves lindas, além de ouvir as músicas sertanejas e das minhas origens que estão aqui”.

Amor à distância – As irmãs de Maritza já moravam nos Estados Unidos quando ela conheceu Ted, hoje seu esposo. “Ficamos namorando por um tempo, e ele veio me visitar e conhecer meus pais, após 5 meses nos falando pela internet e telefone. Viajamos juntos para Maceió (AL), ficamos a sós por uma semana e ali o nosso amor se confirmou. Continuamos namorando a distância por alguns meses e ele insistiu para que eu fosse pra lá. Me mudei e hoje somos uma família muito feliz”, conta.

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