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Comportamento

Após meses de pandemia com desilusões, relato nas ruas é de "pé no chão"

Ano do coronavírus, 2020 deixou rastro de saudade e sensação de que cotidiano escorreu pelas mãos

Aletheya Alves | 02/01/2021 08:00
Maior desejo para 2021 é de vacina para covid-19. (Foto: Ilustração)
Maior desejo para 2021 é de vacina para covid-19. (Foto: Ilustração)

Conseguir virar a chave do ano e pensar em cenários sonhadores é trazer reflexões carregadas com o peso de 2020. Nas ruas da Capital, a áurea encontrada é de desejos embasados em vacina, medo do futuro e "pé no chão".

Além de histórias interrompidas, os longos meses que passaram são sintetizados em “estranheza” para Luís Carlos Gomes, de 57 anos. Com os dias que chegam, o autônomo volta a pensar em recuperar possibilidades deixadas de lado, “eu queria voltar a estudar, mas ficou para os próximos meses. Estou torcendo para conseguir dessa vez, tomara que tenha vacina e melhore”.

Outro ponto que faz Luís sorrir com os olhos é pensar em voltar a abraçar e deixar o distanciamento de lado, “a gente precisa tanto desse contato, hoje em dia parece que todo mundo é inimigo. Essa pandemia precisa acabar, é o que desejo mesmo, mas não tem como ter certeza”, explica.

Leonardo Alexandrino Silva, de 32 anos, diz que esperança vem em conjunto com a vacina. (Foto: Marcos Maluf)
Leonardo Alexandrino Silva, de 32 anos, diz que esperança vem em conjunto com a vacina. (Foto: Marcos Maluf)

Cansado da pandemia, Leonardo Alexandrino Silva, de 32 anos, diz que vê o cenário geral de modo um pouco mais otimista. “Todo mundo falando de vacina, assim dá para pensar em serviço e conseguir trabalhar melhor. A torcida é para chegar a poder ficar sem máscara e aproveitar melhor as coisas”.

Em consequência, os outros pedidos se mantêm tradicionais e repetem a esperança carregada durante os anos passados. “Esse ano foi difícil, mas o pedido é para conseguir trabalhar bem e viver 2021 tranquilo”, relatou.

Zamario de Souza, de 42 anos, torce por 2021 melhor, mas sem muito otimismo. (Foto: Marcos Maluf)
Zamario de Souza, de 42 anos, torce por 2021 melhor, mas sem muito otimismo. (Foto: Marcos Maluf)

Menos sonhador e apegado à instabilidade que não foi encerrada com os fogos do Ano Novo, o artista de rua, Zamario de Souza, de 42 anos, explicou que não consegue ver um cenário ideal até o próximo dezembro. “A gente não sabe o que vai acontecer com a economia, por exemplo. Se continuar do jeito que está, a coisa não vai melhorar”.

Ainda resistente sobre pensar em possíveis mudanças, Zamario diz que o jeito é ver o que está acontecendo e torcer para que novas boas histórias se espalhem o quanto antes. Seguindo a linha, Gilberto da Silva, de 38 anos, conta que vê 2021 como continuação dos sofrimentos.

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Acho que vacina não vai fazer com que isso acabe, você vê todos os dias várias pessoas morrendo com coronavírus e é difícil ver isso acabando assim. Quero que melhore, mas acho um pouco difícil, diz Gilberto da Silva.

Mesmo assim, Gilberto diz que o sentimento por dias melhores continua dentro do peito. “A gente sonha, mas sonha com o pé no chão”.

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