Após perder bebê, Tati batiza filha em árvore do "renascimento"
Com todos os cuidados, foi debaixo da sombra de árvore que três eventos celebraram a vida da nova integrante da família Teles
Era para ser festa grande, em maior clima de celebração, e eis que veio a pandemia. Mas Tati não colocou os planos na gaveta. "Precisava comemorar não só a vida, o primeiro aninho da minha filha, mas esse processo de antes até agora". Sendo assim, aproveitou o último final de semana para realizar não só uma, mas três reuniões conjuntas simplificadas e extremamente felizes – em total comunhão familiar.
"Eu tive dilatação precoce, fiquei de repouso e não pude fazer o chá de bebê. E agora, justo no aniversário de um ano da Sofia, veio o coronavírus. Mas não ia deixar passar em branco. Aproveitei e fui mais criativa", comenta a pecuarista Tatiana Scaff Teles.
Com a temática "jardins do Pantanal", a mãe organizou tudo na Pousada Carandá, pesqueiro às margens do rio Aquidauana – no município onde mora. Sexta-feira foi o dia o chá de bebê, desta vez com a presença incomum da convidada de honra já fora da barriga. O sábado foi de festa para comemorar o primeiro ano de nascimento, enquanto que no domingo deu lugar ao batizado cristão.
"Sofia teve a consagração pela mão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o qual minha mãe – já falecida – era bastante devota. Meu pai e eu fizemos essa homenagem para ela ver lá do céu".
Pensando em tranquilidade da natureza e também em realizar os três eventos em um espaço amplo e externo, Tati e o marido João encontraram no pesqueiro a oportunidade que tanto gostariam.
"Debaixo daquela imensa árvore preparamos a decoração e o cenário. Pra mim, ela representa um duplo renascimento. É a comemoração da vida da minha filha, mas também da minha enquanto mãe pelo que eu passei. Foi muito importante"
Assim que casou, Tatiana engravidou na sequência. Porém, perdeu o bebê. Após exames, descobriu ter trombofilia hereditária, uma doença que complicaria a possibilidade de uma nova gravidez tranquila.
"Fiquei traumatizada. Eu sabia que poderia ter filho, mas fiquei receosa. Mas no final das contas veio a Sofi. Nasceu super saudável com 3,475 kg".
Mesmo no ambiente aberto em meio à natureza pantaneiro e, ao fundo, a baía que dá para o rio Aquidauana, o casal não poderia reunir muita gente por conta da covid-19. Portanto, só foi a família – os avôs, padrinhos, tios e primos.
Emoção – "É a segunda festa que eu fotografo. Como profissional que registra esse 'novo normal', a fotografia também é feita desses novos momentos. Se é momento em família, não deixa de ser uma celebração de vida", disse Arumí Figueiredo, a fotógrafa responsável pelos cliques dos três encontros.
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