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Comportamento

Cartomante, Lunna te ajuda a se livrar do boy lixo com tarô em Campo Grande

Lunna está fazendo sucesso com uma promoção para atender mulheres que estão passando por relacionamentos abusivos

Lucas Mamédio | 11/03/2020 06:37
Lunna é cartomante há cinco anos e já passou por um relacionamento abusivo (Foto: Marcos Maluf)
Lunna é cartomante há cinco anos e já passou por um relacionamento abusivo (Foto: Marcos Maluf)

Você mulher que está começando a ler essa matéria, que viu esse título, já deve ter pensado em um monte de embuste que passou pela sua vida, né? Ou pode ser que ainda esteja tentando se livrar de um. Pois é menina, se a coisa tiver feia, o Lado B descobriu o que pode ser sua salvação: uma cartomante que faz sessões para atender mulheres que passaram ou estão passando por relacionamentos abusivos.

Essa abençoada pelos orixás é Lunna, historiadora de formação, feminista e taróloga há cinco anos em Campo Grande. Fomos até ela saber certinho como é essa história. Chegamos à rua da casa da Lunna meio perdidos, liguei pra ela, que nos orientou falando a cor da casa. “É roxa, casa de bruxa meu filho”.

Lunna, além de cartomante, também se considera bruxa, um conceito resgatado de religiões milenares, cada vez mais popular hoje em dia, que tem como maior expoente a religião Wicca, da qual Lunna, apesar de ser bruxa, não faz parte. “Ser bruxa é um processo de autoconsciência, de segurança de si em relação ao mundo”.

Os vários baralhos utilizados por Lunna (Foto: Marcos Maluf)
Os vários baralhos utilizados por Lunna (Foto: Marcos Maluf)
Lunna jogando as cartas pra mim, Lucas Mamédio (Foto: Marcos Maluf)
Lunna jogando as cartas pra mim, Lucas Mamédio (Foto: Marcos Maluf)

Sentamos em uma mesa redonda, na área da casa, coberta com uma toalha colorida e três montes de baralho em cima. Em volta da mesa vários panos amarrados, também coloridos, davam a volta em nós.

Lunna conta que a ideia de atender mulheres envolvidas em relacionamentos abusivos nasceu de sua experiência como mulher e pesquisadora da área. A tese de mestrado dela como historiadora foi sobre a Casa da Mulher Brasileira. E talvez o mais importante disso tudo, é que Lunna já passou por uma relação abusiva de anos. “Resolvi aliar minha experiência de vida e acadêmica com o tarô”.

A maioria esmagadora das clientes de Lunna é mulher e as questões afetivas são sempre as mais demandadas, por isso foi fácil unir tudo isso. Lunna fez um preço promocional de R$5 para atender mulheres com essas características.

“Não existe uma regra de como jogar o tarô pra quem está em um relacionamento abusivo, depende de cada caso”.

Lunna se refere ao fato de não existir uma regra geral que rege o que as cartas vão mostrar. Segundo ela, a pessoa pode querer se livrar de um boy lixo do passado que ainda está no pé dela, ou pode mostrar como lidar com o atual companheiro, ou até apontar se o cara vai prestar no futuro, como cita em um exemplo.

Quando viradas, as cartas formam uma mandala (Foto: Marcos Maluf)
Quando viradas, as cartas formam uma mandala (Foto: Marcos Maluf)

“Teve uma cliente minha que percebeu indícios, nada concreto, de que seu namorado poderia ser abusivo. Quando virei as cartas pra ela, os sinais eram muito fortes de que o cara não prestava (risos), então ela terminou a relação”.

Desde que lançou a promoção, a procura tem sido gigante. “É impressionante como existem mulheres passando por essa situação”.

Eu, Lucas Mamédio, não sou uma mulher, tampouco estou passando por um relacionamento abusivo, aliás, não estou passando por relacionamento nenhum, mas já que estava ali, Lunna propôs jogar as cartas pra mim. Topei. Tudo pelo jornalismo e pelas relações afetivas.

“Tem gente que vem aqui pelos mais variados motivos, até pra testar se a cartomante é boa mesmo”, diz rindo Lunna insinuando de brincadeira que eu queria testá-la.

Lunna usa dois dos três baralhos em cima da mesa comigo: o tarô azul e o oráculo dos anjos. Coloca duas cartas no centro da mesa e várias outras envolta dessas, formando uma mandala.

Formada em história, Lunna é pesquisadora na área de violência contra mulher também (Foto: Marcos Maluf)
Formada em história, Lunna é pesquisadora na área de violência contra mulher também (Foto: Marcos Maluf)

Não vamos entrar em detalhes para não alongar a conversa, mas passando por questões profissionais, afetivas e pessoais, muito do que Lunna disse, ou melhor, do que as cartas mostraram, fez sentido pra mim.

“São necessários anos de estudo para jogar tarô, é um trabalho sério”, se defende.

Então fica aí a dica. Quer chutar a bunda do embuste com convicção? Pede pras cartas te ajudarem, elas são amigas, assim como quem as joga.

O contato para falar com Lunna é: (67) 9 9632-5753.

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