Chegando aos 90, Maria se apaixonou pela arte da cerâmica
De violão até bordados, dona Maria conta que continua aprendendo tudo o que pode sem se importar com idade
Com o aniversário de 90 anos se aproximando, Maria Vieira Lopes descobriu mais um aprendizado para sua lista de habilidades: o gosto pela arte da cerâmica. Indo de violão até criação de bordados, a idosa garante que seu segredo para se manter saudável é continuar se dedicando a aprender tudo o que pode sem se preocupar com a idade.
“Muita gente fala que a gente não precisa aprender mais quando vai ficando mais velho. Eu acho que é o contrário, quanto mais aprender é melhor”, conta dona Maria. Frequentadora assídua do Centro de Convivência do Idoso Edmundo Scheuneman, ela caminha por cerca de 30 minutos até a Avenida Manoel da Costa Lima para não perder as aulas e nem os bailes.
Em 2019, dona Maria já foi matéria do Lado B quando tinha 86 anos e havia começado a se dedicar às aulas de violão. Hoje, ela conta que continua com o carinho pela música e segue acumulando habilidades.
Além de tocar o instrumento, a idosa continua criando peças de crochê, faz bordado, gosta de pintar em tecido e mantém até hoje a costura. Sobre os novos trabalhos que vêm sendo aprendidos, Maria detalha que descobriu o gosto pela cerâmica neste ano.
“Nós fizemos as aulas aqui no Centro de Convivência e aprendemos tudo. Primeiro você precisa esticar a argila com um rolo como se fosse um de pão, depois você vai usando a criatividade para fazer as coisas”, explica dona Maria.
Durante a primeira leva de aprendizados, Maria fez cinco peças ao todo e explica que foi responsável tanto pela modelagem quanto pela pintura. “Fiz a xícara, o pires, o prato e a bandejinha. Também fiz um coração para colocar na parede. Depois que faz a peça, você pinta com uma tinta especial e depois vai para o fogo. Essa última parte eu não acompanhei, as outras sim”.
Encantada com a nova possibilidade de artesanato, ela conta que já vem pensando em como irá produzir outras peças para espalhar pela casa. “Eu fiz as peças menores, mas acho que quem faz essas pequenas também consegue fazer as menores”, diz.
Garantindo que a idade só tem trazido coisas boas, dona Maria pontua que muita gente pode achar que a vida de idosos precisa ser tediosa, mas que a verdade é bem diferente. Tomando a si mesma como exemplo, ela conta que segue independente em todos os momentos, desde a hora de sair de casa até quando dá início às suas criações.
Movida pela vontade de encontrar com as colegas e não ficar parada, a idosa conta que espera viver por muito mais tempo. A única questão que dona Maria insere sobre os novos aniversários é que espera continuar sendo independente.
“Eu quero viver enquanto continuar conseguindo fazer minhas coisas. Hoje eu saio de casa, venho para o Centro de Convivência, faço meus bordados, costuro e faço os cursos. Quero continuar assim”, diz Maria.
Apoiando que outros idosos sigam seu exemplo, a mulher completa que nunca é tarde para continuar aprendendo. “A pessoa só precisa ter vontade e criatividade, o restante é fácil”.
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