Com um olho na carne e outro no gol, Silas é o “churrasqueiro” da Copa

Sem abrir mão de cuidar dos espetinhos, Silas se divide entre servir a carne aos torcedores e prestar atenção quando a Seleção Brasileira entra em campo. Ao lado do pai, Silvano Baez, o menino de 12 anos se tornou o “churrasqueiro” mirim da Copa do Mundo no Nhanhá e garante que dá conta de aproveitar tudo ao mesmo tempo.

Quem vai até o bar Esquina da Copa, na Rua 9 de Julho, em dia de jogos do Brasil, logo encontra Silas todo paramentado com camiseta da Seleção e avental. “Eu jogo futebol, sou do ABC, e aprendi a fazer os espetinhos com meu pai. Não tem graça fazer só uma coisa, aí faço os dois”.

Próximo da televisão, ele não nega conversa com quem chega para retirar os espetinhos, ajuda o pai a manter a carne no ponto certo e dá o toque final com farinha para servir. E, se depender dele, até o preparo da comida fica sob sua responsabilidade.

“Eu via meu pai fazendo em casa, aí peguei a manha e pedi para aprender. Em casa mesmo eu fico vendo ele fazendo o tempero, assando, aí aprendo também. Aqui eu ajudo ele, já é a segunda vez que tô aqui”, conta sobre sua segunda função favorita em conjunto à de torcedor, já que a primeira é a de jogador.

Se sentindo em casa na rua temática, o menino se diverte e ainda comenta os jogos para quem quiser. Isso tudo com direito à explicações para quem não entender de futebol e estiver com vontade de aprender.

Sonhando com o título, ele explica que o medo até bateu no primeiro jogo, mas que ontem a vitória já era vista como garantida. “Essa é a primeira copa que eu vou ver o Brasil ganhando, então agora pode meter goleada porque ganhamos os dois jogos e estamos classificado”.

E, sabendo ponderar sobre o cenário, ele explica que seu maior receio é a França. “Eles têm muitos jogadores bons como o Mbappé, mas até lá o Neymar vai estar jogando, graças a Deus, tô torcendo para ele voltar logo. A gente tem muita gurizada nova chegando no elenco”.

Orgulhoso do filho, Silvano até sabe que o amor do filho pela Copa do Mundo e pelo futebol como um todo já é maior do que o seu. “A gente vem aqui desde 2010 com o espetinho, então ele cresceu assistindo comigo e ajudando. Eu sou técnico eletricista, então nós só fazemos para a Copa mesmo e virou uma coisa que ele se diverte”.

Levando tudo como uma brincadeira para o menino, o pai conta que nem se quisesse conseguiria deixar Silas em casa. “Ele faz questão de vir, de ajudar, conversar. A gente mora no bairro há muito tempo, todo mundo se conhece, então não tem como não ser bom”, explica.

Com presença garantida para o jogo de sexta-feira, o menino ainda aposta que os dois tempos serão mais tranquilos, então ficar com um olho na carne e outro na televisão vai ser ainda mais divertido.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).