Depois de 20 anos, álbum do Ensino Médio vira caixa de sonhos
Tendo se formado há muito ou pouco tempo, quem olha as fotografias garante que memórias são variadas
Vinte anos se passaram desde que Jéssica Gonçalves completou o Ensino Médio e, sem querer, acabou encontrando o álbum escondido na casa da mãe. Hoje, aos 38 anos, ela vê as fotos da formatura como uma caixa cheia de sonhos. E você, guarda recordações da época da escola com o mesmo olhar? Conte em nosso mapa interativo qual foi sua escola, suas memórias e fotografias.
Quando tinha 17 anos, o sonho da então estudante do Colégio Latino Americano era ser repórter de televisão, ter uma família e conseguir sucesso em sua independência. Rindo de como muita coisa mudou, como o sonho de aparecer nos jornais, Jéssica conta que a vida alterou os caminhos, mas o que era principal vem dando certo de jeitos diferentes.
“Eu era tão nova, tinha tantos sonhos. Você remexer nessas fotografias é voltar lá atrás e revisitar tudo o que fez de lá para cá. Ver como os sonhos mudaram, como eles criaram outro corpo”, explica Jéssica.
Hoje, ela é gerente regional de uma empresa de crédito e detalha que mergulhou no passado sem querer. “A gente estava na casa da minha mãe porque ela está morando em outro local e começamos a ver o que poderia ser jogado fora, o que iria para doação e achei o álbum. Sentei para olhar e foi uma nostalgia mesmo”.
Sem ter ideia de quanto tempo fazia que ela não encontrava a Jéssica de 17 anos, a gerente diz que o período escolar realmente foi uma época importante em vários sentidos.
“Eu estudava de manhã e de tarde trabalhava na tesouraria da escola, queria ser forte, ser uma mulher independente. Quando vi aquelas fotos, lembrei de como trabalhava na escola em troca da mensalidade e comecei a usar o dinheiro para conquistar essa independência que eu queria”, a gerente detalha.
Além do ramo de trabalho, Jéssica diz que já na escola os sonhos de ter uma família já existiam, mas ela só mudou a forma dos objetivos conforme o tempo passou. “Eu não pensava em ser mãe, não tinha noção de como seria. Óbvio que já tinha sonhos de casar, de constituir uma família, mas isso veio bem depois”.
Assim como Jéssica, Karen Carla Nascimento da Silva vê as fotografias como um mergulho em outro “eu”. “Terminei em 2013, na Escola Estadual Amando de Oliveira. Mudou completamente tudo, nunca imaginei que iria me formar em tecnólogo em Radiologia. Na época, eu nem sabia desse curso, cheguei a cursar Medicina Veterinária por dois anos, porém não consegui manter porque o curso era integral e eu precisava trabalhar”.
Além de rever a si mesma, a tecnóloga conta que rever antigos amigos nas fotos também faz parte das boas memórias. Sem manter contato com a maior parte das pessoas que conheceu na escola, ela diz que a saudade reaparece.
“Mesmo com a saudade, fico feliz que esse período tenha acabado. São ciclos que precisamos passar e é gratificante olhar para trás e ver que aquela garota amadureceu e conquistou coisas que ela nem sabia que era capaz”, diz Karen.
Bem mais recente, Bruno de Oliveira Barbosa, de 18 anos, terminou o período escolar no ano passado. Agora, consegue olhar para si mesmo e pensar sobre como as expectativas da entrada da universidade vão se mantendo ou mudando aos poucos.
E você, ainda guarda fotos da época de escola? Compartilhe com a gente, é só inserir sua foto e seu relato no mapa interativo.
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