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Comportamento

Depois de tanto regime, Mariana escolheu ser gorda e hoje faz ensaio sem medo

Gorda ou magra, ela percebeu que maldade alheia "não escolhe peso e nem tamanho da barriga".

Thailla Torres | 17/06/2019 07:41
Gorda ou magra, ela percebeu que maldade não escolhe peso e nem tamanho da barriga, por isso, decidiu ser feliz. (Foto: Moura Photo)
Gorda ou magra, ela percebeu que maldade não escolhe peso e nem tamanho da barriga, por isso, decidiu ser feliz. (Foto: Moura Photo)

Gorda desde à infância, a auxiliar Mariana Burigato, carrega na memória uma coleção de situações desagradáveis. Apelidos, frases maldosas, olhares e reprovação. Tudo isso causava medo até de usar um short curto. Hoje, ela decidiu ser feliz e encarar uma sessão de fotografias sensuais para mostrar que ser gorda não é problema para quem se ama.

Gorda ou magra, ela percebeu que maldade não escolhe peso e nem tamanho da barriga. Da adolescência, lembra que conseguiu perder até 32 quilos, após muito regime forçado, mas quando passou a engordar de novo, sentiu o peso da maldade nas palavras das pessoas. “Sempre tive um sonho de emagrecer, mas sempre começava e parava. Um dia, decidi me pesar e fiquei em choque, foi quando emagreci 32 quilos. Lembro que me amei, mas com o passar dos dias voltei a engordar e passei a ouvir das pessoas: cadê aquela Mariana magra?”.

Esse foi o primeiro ensaio fotográfico de Mariana. (Foto: Moura Photo)
Esse foi o primeiro ensaio fotográfico de Mariana. (Foto: Moura Photo)

Para quem está do outro lado da história, Mariana deixou de ser esforçada porque engordou. “Foi quando eu passei a responder a todos que perguntavam que estava gorda e linda. Às vezes, me sentia triste e chorava bastante ao me olhar no espelho, pensava que ninguém ia gostar de mim”.

No entanto, ela garante que decidiu ser feliz, independente da aparência física. “Muitas vezes eu sentei na cadeira e pedi a Deus para emagrecer, mas era da boca para fora, afinal, gostava de comer e me sentia bem comendo. Um dia, foi minha avó que falou que ao me aceitar gorda, eu seria mais feliz”.

A frase da avó não saiu da cabeça e ela decidiu encarar o espelho com outros olhos. “Falei que ia ser feliz assim, gorda, com barriga grande, bunda grande, braço grande, celulites, estrias e felicidade”.

A felicidade pulou de um short curto para a coragem de tirar a roupa na frente de um fotógrafo. “Eu sempre tive um sonho de fazer fotos sensuais. Quando conheci o fotógrafo Cássio Moura, há 6 anos, falei do meu desejo, mas sempre dizia que precisava emagrecer para fazer essas fotos. Mas vi que estava perdendo tempo e aprendi a amar mais meu corpo em cada detalhe”.

A experiencia de tirar a roupa foi mais leve do que ela imaginava e, hoje, cada fotografia virou manifesto de auto aceitação. “Amo postar foto e amo tirar foto. Apesar de alguns comentários diferentes por causa de uma gorda usando short curto com a perna cheio de celulite, recebo muitos comentários de pessoas que me acham linda. E o mais importante é que eu nunca me senti tão bem na vida”.

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Sem medo dos julgamentos, ela decidiu tirar a roupa para se sentir completa. (Foto: Moura Photo)
Sem medo dos julgamentos, ela decidiu tirar a roupa para se sentir completa. (Foto: Moura Photo)
Hoje, cada fotografia virou manifesto de auto aceitação(Foto: Moura Photo)
Hoje, cada fotografia virou manifesto de auto aceitação(Foto: Moura Photo)
"E o mais importante é que eu nunca me senti tão bem na vida”, diz. (Foto: Moura Photo)
"E o mais importante é que eu nunca me senti tão bem na vida”, diz. (Foto: Moura Photo)
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