Espião já se disfarçou até de fazendeiro em Mato Grosso do Sul
Objetivo era que Izidoro Resquim invadisse Corumbá a mandado do ditador paraguaio Solano López
A Guerra do Paraguai deixou muitas histórias envolvendo as batalhas e, entre elas, está o espião que se disfarçou de fazendeiro para conseguir invadir o sul do então Mato Grosso. Na época, foi graças ao suposto interesse por uma fazenda de gado que um dos ataques a Corumbá ocorreu.
De acordo com registros do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o espião izidoro Resquim foi enviado pelo ditador paraguaio Solano López no final de 1863. Izidoro era um estrategista e chegou a Corumbá se apresentando como fazendeiro.
O interesse era por conhecer o território dos “campos do Sul” e fazendas de gado. Foi assim que essa região acabou sendo invadida pelo homem.
“Para a região de Forte Coimbra e Corumbá foi enviada uma tropa de 3.200 homens, em 4 batalhões de Infantaria, 12 peças de fogo e 30 foguetes de 24mm, de fabricação francesa. No dia 28 de dezembro de 1864, atracou em Corumbá a tropa inimiga, desembarcando em 3 de janeiro de 1865”, diz os registros do TJMS.
Já três anos depois, três companhias saíram de Cuiabá em canoas rebocadas por navios a vapor e, após dias de batalha, conseguiram vencer os inimigos em dezembro.
A história conta que inúmeros combates importantes continuaram ocorrendo na região de Corumbá, sendo o mais importante antes da batalha final, um ataque na área em que hoje é Mercado Municipal.
“O inimigo estava em frente ao local onde é a Matriz de Nossa Senhora da Candelária. Ali bravos homens brasileiros derrotaram o inimigo, tomando posse das terras que estavam sob domínio paraguaio”, completa a descrição.
Os arquivos do Tribunal de Justiça ainda contam sobre casos marcantes como o assassinato do juiz Barnabé Antônio Gondim no início do século passado.
Segundo as descrições, a região de Corumbá passava por invasões constantes de paraguaios, além de disputas por terras.
Gondim foi assassinado após contrariar interesses e condenar um fazendeiro da região. “O crime comoveu os cidadãos corumbaenses devido ao motivo fútil dos assassinos e a conduta correta do juiz. O plenário do Tribunal do Júri tem seu nome, em uma singela homenagem da justiça a tão diligente autoridade”.
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