Há seis anos, transfusão de sangue é vida à Azenate durante quimioterapia
Internada há uma semana na Santa Casa, aposentada precisou de sete bolsas de sangue devido às plaquetas baixas
Comum para pacientes oncológicos e vítimas de trauma, a transfusão de sangue é considerada revigorante para àqueles que mais necessitam. Diagnosticada há seis anos com mieloma múltiplo, Azenate Prado de Carvalho, de 59 anos, encontrou na transfusão uma forma de se fortalecer durante períodos de quimioterapia e queda de plaquetas.
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Azenate Prado de Carvalho, de 59 anos, diagnosticada com mieloma múltiplo há seis anos, compartilha sua experiência com transfusões de sangue durante o tratamento. Após uma internação na Santa Casa, onde recebeu sete transfusões devido à queda de plaquetas, Azenate reflete sobre a importância do sangue, afirmando que "sangue é vida". O mieloma múltiplo, um câncer raro que afeta principalmente pessoas acima dos 50 anos, é diagnosticado anualmente em cerca de 7,6 mil casos no Brasil. A doença é mais comum em pessoas negras e está associada a fatores como obesidade e histórico de doenças das células plasmáticas. Atualmente, a hemorrede enfrenta uma crise no estoque de sangue, especialmente do tipo O-, e convoca doações para atender a demanda.
Ao Campo Grande News, a diarista aposentada contou que o mieloma múltiplo, um tipo de câncer considerado raro, foi identificado após um dia em que estava sentido dor em todo o corpo, até que não conseguiu mais se levantar e foi levada às pressas para a Santa Casa da Capital.
Conforme a International Myeloma Foundation Latin America, são diagnosticados 7,6 mil casos do mieloma múltiplo anualmente no Brasil. A doença atinge as células da medula óssea responsáveis pela produção de anticorpos, e faz com que as células se multipliquem de forma acelerada e desordenada.
Azenate relata que nos dois primeiros anos de tratamento fazia quimioterapia uma vez por semana. "Eu chegava cedo na Santa Casa, e só saia depois das 13h. Agora já faz um ano que meu tratamento é outro, é via oral", explicou a paciente. Segundo ela, durante os períodos de quimioterapia, foi preciso ser feita algumas transfusões de sangue.
Há uma semana internada na Santa Casa, Azenate conta que até a terça-feira (14) precisou realizar sete transfusões de sangue. "Eu precisei de transfusão porque demorei para vir ao hospital. Estava muito fraca em casa, amarela, tossindo, com muita fraqueza. Pensei 'poxa, não quero passar por tudo aquilo de novo', porque a primeira vez que vim, sofri muito com as agulhadas", contou ela. A aposentada precisou ficar internada devido às plaquetas baixas.
"Antes eu estava muito fraca, depois que 'tomei' duas bolsas de sangue já deu uma animada. Eu ficava olhando o sangue enquanto acontecia a transfusão. Sangue é vida. Eu só não doo por conta da doença, mas acho fundamental porque tem dias que o estoque está zerado, ou muito baixo", finalizou dona Azanete.
Conforme a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), esse tipo de câncer acomete, em maioria, pessoas acima dos 50 anos. Uma pesquisa encomendada pela Pfizer e realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), mostra que apenas 1% dos entrevistados identificam os sintomas da doença.
Estudos sobre o mieloma múltiplo demonstram que a doença é duas vezes mais comuns em pessoas negras do que em brancas, principalmente acima dos 65 anos. Outro fator de risco para a doença é a obesidade e ocorrência prévia de doenças das células plasmáticas.
Na terça-feira (14), o estoque virtual do Hemosul mostra que a tipagem O- está em estado crítico com apenas 21%. A hemorrede reforça os pedidos de doações de todas as tipagens, visto que a quantidade de plaquetas está baixa.
Serviço - Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos. Em caso de menores de idade, é necessário estar acompanhado do responsável legal. A primeira doação pode ser feita somente até os 60 anos de idade. Em Mato Grosso do Sul, os doadores precisam ter 51 kg ou mais.
Na Capital, o Hemosul da Avenida Fernando Corrêa da Costa, funciona das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 12h no sábado. É possível doar também no ponto de coleta da Santa Casa, das 7h às 12h, de segunda a sexta-feira, e no Hospital Regional. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-1500 ou (67) 98163-1547.
A campanha "Solidariedade Não Tira Férias" é realizada pelo Campo Grande News em parceria com o Instituto Sangue Bom.
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