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Comportamento

Limão siciliano é liberado no pé, mas dona deixa recado aos apressadinhos

Pela primeira vez, em 45 anos, moradora plantou árvore na frente de casa, mas ninguém espera amadurecer

Jéssica Fernandes | 01/11/2021 09:23
Ironilda ao lado da placa que pendurou na árvore. (Foto: Jéssica Fernandes)
Ironilda ao lado da placa que pendurou na árvore. (Foto: Jéssica Fernandes)

O pé de limão siciliano sozinho não seria tão interessante, mas está liberado para quem passa pela rua. Ele pertence a uma mulher de nome diferente, Ironilda Dias, 71 anos, conhecida como Ero. A árvore frutífera tem seis meses de vida e mesmo com a pouca idade, já conquistou os primeiros fãs. O pé está fazendo sucesso na Rua Canavieiras, o problema é que algumas pessoas andam arrancando sem dó os limões verdes.

A solução encontrada pela Dona Ero para informar os apressadinhos foi pendurar uma plaquinha de papelão. Com uma caligrafia bonita e um texto direto e simples, ela escreveu as seguintes palavras: "Limão siciliano está verde. Quando maduro fica amarelo aí pode pegar à vontade, 'obdo'".

O marido da Ironilda, o Orlando, ficou preocupado com essa história de estarem carregando os limões cedo demais. O homem chegou a contar quantas frutas tinham no pé. Afinal, quem se dá ao trabalho de contar as frutas de uma árvore? Só o Orlando! Ao todo, ele contou 32 limões verdes.

Moradora fez placa com papelão para informar que limão está verde. (Foto: Jéssica Fernandes)
Moradora fez placa com papelão para informar que limão está verde. (Foto: Jéssica Fernandes)

Quando o Lado B chegou para conhecer a árvore de limão siciliano, os 32 limões já não existiam. No máximo, sobrou uns 10 sobreviventes, todos espalhados entre os galhos altos e baixos. A expectativa da moradora é que agora os que estão na árvore só partam quando finalmente ficarem maduros.

De acordo com Ironilda, é a primeira vez que ela plantou uma árvore frutífera desde que chegou na região há 45 anos. “Quando fizemos a calçada minha vizinha falou para o meu marido plantar alguma coisa. Depois, ele ganhou a muda do meu cunhado e nós plantamos”, conta.

A moradora garante que não se importa com o pessoal que passa na rua e colhe a fruta. “Eu não me incomodo, nós plantamos para as pessoas passarem e levarem, mas tem que esperar para amadurecer. Talvez as pessoas não conheçam, não saibam o que é, por isso, coloquei a placa”, explica.

Dos 32 limões, poucos sobraram no pé. (Foto: Jéssica Fernandes)
Dos 32 limões, poucos sobraram no pé. (Foto: Jéssica Fernandes)

Embora nunca tenha plantado uma árvore no terreno da casa por falta de espaço, Ero revela que junto com uma amiga plantou algumas árvores frutíferas na região da Orla Morena. “Quando eu caminhava na Orla com a minha vizinha, também pegamos algumas frutas. Aí decidimos plantar um pé de manga e goiaba, porque tinha árvore de tudo quanto é tipo”, fala.

Agora, Ero não faz mais caminhadas devido a um problema de saúde no joelho, mas as duas árvores que plantou seguem intactas na Orla e dando muitas frutas. Quem quiser, pode aproveitar para também experimentar as goiabas e as mangas.

Sobre o pé de limão, ela confessa que o siciliano não é o seu queridinho e que prefere o taiti para temperar a comida e usar de ingrediente em outras receitas. Ainda assim, Ironilda espera poder catar alguns do pé quando chegar o momento certo, porém ela já se conforma com a possibilidade disso não ocorrer. “Se sobrar, vou pegar sim”, ri.

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