Professor pede celulares usados para alunos estudarem
Luciano percebeu que muitos alunos não participaram das aulas em 2020 porque não tinham smartphone como ferramenta nos estudos
Dois mil e vinte escancarou a falta de inclusão digital da população mais carente no Brasil. O trabalho dos professores da rede pública, que precisaram dar suas aulas on-line, muitas vezes topou contra a barreira da falta de acesso a um aparelho de smartphone por parte dos alunos.
Entre erros e acertos o ano se encerrou, mas ficou a lição: do jeito que foi não dá para ser mais, é preciso dar um passo adiante até que tenhamos um ambiente seguro para todos voltarem às salas, e isso não depende só do poder público.
Por isso Luciano Brito, coordenador pedagógico do 6º ao 9º ano da Escola Estadual Elízio Ramirez Vieira, no Jardim Pênfigo, resolveu criar uma campanha para arrecadar celulares smartphones, mesmo usados, e doar aos alunos mais carentes nesse início de ano letivo.
“Ao fim do ano de 2020 fiz uma avaliação do desempenho do alunos e percebi que muitos não participavam das atividades porque sequer tinham o celular”, explicou o professor.
Essa não era a única maneira de ensino, também havia uma apostila, mas grande parte do conteúdo era passado por meio das turmas virtuais no WhatsApp.
“Em várias ocasiões o professor postava as atividades e pouquíssimos alunos interagiam com dúvidas ou algo do gênero”.
As doações serão aceitas mediante a critérios de segurança estabelecidos por Luciano, bem como a assinatura de um termo de doação. Ele frisa que precisa ser um smartphone.
“No começo do ano vamos fazer uma triagem e ver quem são os alunos que mais precisam, daí vamos ceder os aparelhos”.
Caso você tenha interesse ou conheça alguém que queira doar, entre em contato com Luciano pelo número (67) 99957-0818, que também é WhatsApp.
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