Se MS fosse como nas novelas, realidade no cotidiano seria outra
De Cauã Reymond em Deodápolis até grandes agricultores conscientes, novelas fazem refletir
Com Pantanal e Terra e Paixão tentando retratar cenários, costumes e o cotidiano em Mato Grosso do Sul, alguns incômodos surgem quando vemos detalhes como o sotaque que não se parece com o visto por aqui. Mas, além disso, o que também dá para fazer é pensar que se MS fosse como nas novelas, a realidade do nosso cotidiano seria outra.
Pensando em algumas cenas e discussões que ganharam destaque nas tramas,dá para brincar que nosso Estado teria desde galã de novela no Interior e refletir sobre como grandes agricultores realmente se preocupariam com o futuro do planeta.
Ainda em exibição, a novela de Walcyr Carrasco, Terra e Paixão, tem buscado trazer temas sociais, como o próprio autor destacou nesta semana em entrevista ao Gshow. E, entre eles, está a questão indígena.
Se Mato Grosso do Sul fosse como nas novelas, ao invés de vermos as etnias em constante necessidade de luta por direitos básicos, teríamos esses povos sendo respeitados e também destacados por seus conhecimentos.
Na atual novela das 21h, Caio (Cauã Reymond) faz consultas frequentes ao pajé Jurucê (Daniel Munduruku) em busca de sabedoria. Por ali, a autoridade indígena tem seu espaço como conselheiro, como alguém que possui conhecimentos e é respeitado como tal.
Se Mato Grosso do Sul fosse como nas novelas, Deodápolis teria Cauã Reymond andando pelas ruas, já pensou? No interior do Estado, não faltaria galã de novela trabalhando em fazenda e preocupado com as relações sociais.
E, pensando em relações sociais, se o Estado fosse como nas telinhas, teríamos mulheres como Aline (Barbara Reis) levando voz para agricultoras de cooperativas em uma luta contra os grandes ruralistas.
Na novela, a mulher continua lutando e batendo de frente com Antônio La Selva em busca de manter suas terras e conseguir desenvolver seu trabalho. Sabemos que, apesar de uma mulher ser personagem principal na trama, a vida real ainda não garante esse destaque tão grande no mundo rural.
Outro detalhe para se pensar caso Mato Grosso do Sul fosse como nas novelas, é que cada pequena cidade do Interior teria seu restaurante chique garantido. Em Terra e Paixão, que se passa em uma cidade como Deodápolis, o ambiente refinado está presente.
Em geral, vemos esse tipo de restaurante em Campo Grande e nas cidades maiores do Estado. Será que os preços altos cobrados por locais do tipo se sustentariam em Deodápolis?
Migrando os pensamentos para o remake da novela Pantanal, exibida em 2022, se Mato Grosso do Sul fosse como nas novelas, teríamos os maiores agricultores do Estado preocupados com o futuro do planeta.
No enredo, Jove (Jesuíta Barbosa) discutiu inúmeras vezes com o pai, Zé Leôncio (Marcos Palmeira), sobre levar as fazendas de forma mais sustentável. Entre as ideias estava o sistema agroflorestal.
Usando desse sistema, as atividades agropecuárias são planejadas para deixar de impactar negativamente o meio ambiente e também recuperar as áreas já afetadas pela ação humana.
E, retornando às questões indígenas, Mato Grosso do Sul também teria os artesanatos produzidos regionalmente sendo usados no cotidiano. Em Pantanal, ao invés das peças de cerâmica indígena serem destacadas apenas turisticamente, os itens compunham as mesas da novela.
Agora, observando as novelas que tentam retratar nosso Estado, o que mais você consegue imaginar? Conte para o Lado B em nossas redes sociais!
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