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Comportamento

Nem cercadinho impede passagem na grama no canteiro da Afonso Pena

Elverson Cardozo | 16/07/2012 14:16
Canteiro central foi cercado há aproximadamente 15 dias. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Canteiro central foi cercado há aproximadamente 15 dias. (Foto: Rodrigo Pazinato)
No meio do canteiro, pedestre lê a placa que pede a travessia na faixa. (Foto: Rodrigo Pazinato)
No meio do canteiro, pedestre lê a placa que pede a travessia na faixa. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Prefeitura bem que tentou evitar que os pedestres “mal acostumados” continuassem a atravessar o canteiro central da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, mas a ideia de cercar a área parece não ter dado certo.

É que ao invés de cruzar a via pela faixa de pedestre, muitos preferem ignorar as placas e, claro, a área cercada.

”O pessoal pula a cerca”, comenta Jackson da Silva Ferreira, de 24 anos, fiscal de uma loja localizado no cruzamento da Afonso Pena com a rua Pedro Celestino.

A ideia da Prefeitura, declarou, é válida, mas o cercamento, além de tirar a beleza do canteiro, não teve efeito. As cercas, segundo o fiscal, foram colocadas cerca de 15 dias atrás.

O fiscal defende uma campanha de conscientização. “Colocaram e não divulgaram”. Já a professora Marta Miyhira, de 54 anos, afirma que o que falta mesmo é educação.

“Tem que cercar mesmo porque senão todo mundo atravessa”, opina. Mas a cerca, afirmou, “não tem sentido” e dificultou a vida dos pedestres. O ideal, segundo a professora, seria construir uma passarela. Uma forma de evitar acidentes. Além disso, facilitaria a travessia. A artesã e artista plástica Alice Trauy, de 56 anos, concorda.

“Fica feio cercado, mas o povo não respeita. É do ser humano”, relata. Alice propõe a instalação de passarelas elevadas ou corredores em todos os canteiros, como os que têm em frente à praça do Rádio Clube.

Mesmo cercado, canteiro ainda é "rua". (Foto: Rodrigo Pazinato)
Mesmo cercado, canteiro ainda é "rua". (Foto: Rodrigo Pazinato)

A medida, opina, não prejudica o paisagismo da via. Secretária de uma empresa localizada na Afonso Pena, Luciene Flávio, de 32 anos, gostou da ideia e diz que “agora é obrigada a atravessar na faixa”. Preocupação que não tinha antes.

Para a secretária, não há necessidade de propaganda para conscientizar a população, primeiro porque a área está sinalizada e, depois, campanhas como a “Pedestre eu cuido” já foram suficientes. “Acabou conscientizando bastante”, afirma.

Mas, ao que tudo indica, nem todos aprenderam ou ainda fingem que não entenderam o recado. Mesmo cercada, é comum ver pedestres no meio do canteiro, “pulando a cerca”, como relatou o fiscal de loja Jackson da Silva.

Na semana passada, Silvana Rodrigues Teixeira, de 40 anos, era uma delas. A cabeleireira foi ao centro, e quanto foi atravessar a via, pelo canteiro, percebeu que a área estava cercada.

“Achei horrível, porque a Afonso Pena ficou sem lugar para estacionar e quando a gente estaciona ainda tem que andar uma quadra para atravessar a rua”, comenta. “Se quer preservar, coloca uma passarela para facilitar”, completou.

Mesmo com as cercas, cabeleireira Silvana entrou no canteiro. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Mesmo com as cercas, cabeleireira Silvana entrou no canteiro. (Foto: Rodrigo Pazinato)
“Achei horrível", comenta Silvana. (Foto: Rodrigo Pazinato)
“Achei horrível", comenta Silvana. (Foto: Rodrigo Pazinato)
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