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Consumo

Depois do tsunami de loiros nos salões, agora o jeito é escurecer o cabelo

Thailla Torres | 28/03/2017 07:31
Depois de escolher o serviço mais barato, Ludimila teve de cortar e mudar a cor radicalmente. (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois de escolher o serviço mais barato, Ludimila teve de cortar e mudar a cor radicalmente. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois de muitos procedimentos para ter o loiro perfeito, o resultado do exagero é a mudança radical na coloração. Após o loiro quase branco, agora o castanho e o preto são os tons escolhidos para quem tenta dar vida ao cabelo.

É claro que o loiro continua uma tendência. Por conta do sucesso, o que não falta pela cidade são salões de beleza prometendo o platinado, mel, o loiro das celebridades, mas nem sempre é assim. Além de mal feito, na maioria das vezes a mulher paga muito pela qualidade, mas depois não tem dinheiro para as hidratações frequentes.

Ludimila Charão, de 31 anos, é o exemplo de quem carrega as fotos do antes e depois da tintura como um aprendizado. Ela caprichou nos primeiros loiros, mas depois acabou migrando para um serviço mais barato e por pouco não perdeu o cabelo.

Até Maria Cecília agora está morena. (Foto: Reprodução Instagram).
Até Maria Cecília agora está morena. (Foto: Reprodução Instagram).

"Eu tinha ombré hair no cabelo, até então era do jeito que eu queria. Mas eu desejava subir o loiro até a raiz. Eu decidi fazer em um lugar onde estava fazendo cristalização com uma cabeleireira. Quando terminou eu já vi que não deu certo", lamenta.

Ludimila conta que em vez de voltar ao cabeleireiro que ela sempre foi, acabou indo em outro lugar que não conhecia. "Dentro de um mês acabei detonando o meu cabelo. Por conta da química, ele quebrou todas as pontas e ficou muito ressecado. Eu só não fiquei sem cabelo, porque eu tenho muito, mas ele deu super errado".

A escolha foi por conta da economia. No cabeleireiro que ela tem de confiança, todo procedimento sairia em torno de R$ 600,00. No outro, foram só R$ 250,00. "É o verdadeiro ditado que o barato sai caro. Hoje eu tenho medo de ficar indo em qualquer tipo de salão e não é qualquer pessoa que consegue chegar a um tonalidade legal. Por isso se quiser manter um trabalho legal, é preciso conhecer bem e entender o valor do trabalho", acredita.

Mas nem sempre pagar caro significa bons resultados. Até gente famosa entrou na onda do cabelo escuro para recuperar os danos do loiro. Este ano, a cantora Maria Cecília apareceu renovada em uma publicação do Instagram depois de escurecer o cabelo. "Não sei porque ainda invento de ir em outro lugar", postou afirmando que uma cabeleireira de São Paulo foi quem conseguiu resolveu o estrago de um loiro que "deu ruim". 

Em Campo Grande, profissionais afirmam que não falta mulher chegando ao salão para recuperar os fios diante da tentativa de serem loiras. "Estou recebendo um pouco mais de clientes para escurecer", diz o cabeleireiro Jorge Kehl, que atua há 30 anos em Campo Grande.

Ele explica que "um dos fatores é recuperar o fio danificado demais, porque as mulheres querem cada vez mais o loiro magnífico, mas isso é caro, todas elas sabem disso. Mas quando não se tem todos os cuidados, o que resta é recuperar com um corte e uma coloração escura para dar tempo ao cabelo".

Jorge ressalta a diferença entre o loiro e o cabelo escuro. "Quando se tem o loiro é preciso um cardápio de hidratações e cuidados. Além da diferença de retoque. Com o loiro, é no máximo 35 dias sem pintar. Já a cor escura, dependendo do tom, dá pra ficar de 40 a 60 dias", afirma.

E quando se erra no cabelo, as vezes fica quase impossível reverter a situação, explica a cabeleireira Gabriella Araujo Horming, que trabalha com coloração há 7 anos. "A gente sempre tem que estar passando um cronograma de tratamento semanal, quinzenal e mensal, senão nunca a cliente vai conseguir ter um cabelo saudável. O loiro tira a resistência e elasticidade que é importante. Por isso, se não der certo, o jeito é dar um tempo escurecendo", reforça.

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