Na Avenida das Bandeiras, casa faz qualquer negócio e vende de casco a carro
Não tem quem não cruze pela Avenida das Bandeiras e não repare a casa onde se faz qualquer negócio. A fachada é tomada por placas que anunciam a venda de guarda-roupa, carros, cadeiras de fio, TV e até botijão de gás. Os portões ficam abertos para a clientela e se não tiver ninguém para atender em casa, também tem o aviso de "Volto já".
O endereço é de seu Leopoldo. Quando o Lado B bate à porta, só encontra a filha. Mas ele é de fácil acesso, porque as mesmas placas que descrevem os produtos de venda ou troca, também tem o celular do dono. Rafaela Garcia, a filha, tem 25 anos, e aprendeu desde cedo que para tudo tem jeito.
"Ele aproveita tudo. Se tem cadeira no lixo, ele pega, manda soldar e coloca os fios", explica. Não tem nada que não possa ser reformado e revendido e a casa toda mostra isso. São três espaços destinados ao comércio. A família mora lá, mas só a partir do segundo cômodo. Quintal, garagem e primeira sala são reservados à venda.
Segundo a filha, há pouco mais de um ano que o negócio começou. Primeiro com carros, porque seu Leopoldo já é do ramo. São oito veículos ali, entre calçada, garagem e estacionados, fora o que está na oficina para manutenção. E são os automóveis usados que mais saem.
O que menos tem demanda é justamente o mais barato. O engradado com cascos vendidos a R$ 0,80 está desde o começo ali. Não tem procura, fica ali mesmo. Os móveis para casa entraram no negócio depois que a família passou a anunciar a compra de mudanças completas num site de vendas.
"A gente anunciou na OLX que compra mudança da pessoa que está indo embora da cidade, então vem muito guarda-roupa", conta Rafaela. Na mesma linha, tem balcão à venda por R$ 30,00 e estante da sala por R$ 300,00. Onde se vende de tudo um pouco a gente até brinca que seu Leopoldo só não deve vender os filhos.
O comércio/casa fica aberto das 7h30 da manhã até 18h30, mais tardar 19h30.