Depois de customização árdua, rainha de mortos vivos vence concurso de cosplay
São meses de trabalho árduo para ficar parecido com a figura e para os nerds, vale cada investimento
Dar vida ao personagem favorito é um trabalho árduo e emocionante. São meses de trabalho e investimento que, às vezes, extrapola o orçamento, mas para quem gosta desse universo geek, vale cada centavo.
No fim de semana a cosmaker Laisa Okami conquistou o primeiro lugar no concurso de cosplay na Parada Nerd. Ela apostou na rainha dos mortos vivos, Enira Banshee, do Lineage 2, e costumizou a fantasia em três dias. “Foi uma batalha árdua, sem descanso com minha costureira. O boneco e a saia do vestido já estavam prontos e para conseguir o resultado gastei em média R$ 500”, diz. O gasto foi recuperado com o prêmio da mesma quantia.
Laisa fez por merecer, usou uma lente de contato branca, arrumou a peruca e encarou um sapato plataforma de 50 centímetros. “Treinei um pouquinho para andar. É um hobby meu e por mais que eu não ganhe nada, os sorrisos e olhares que consigo de pessoas reconhecendo minha personagem e falando da semelhança, me fazem sentir bem. Isso me motivo a continuar”, destaca.
Entre os concorrentes, Laisa enfrentou verdadeiros profissionais no assunto. “Gastei mais de mil reais porque encomendei minha roupa de uma costureira de São Paulo. Foi complicado, pois a primeira vez que me trouxe não ficou bem e precisei fazer vários ajustes até ficar perfeito. Contudo, compensou muito e todos disseram que eu estava parecida com minha personagem”, conta Rafaella Sadalla.
Ela é estudante, tem 19 anos e estava vestida de Nidalee do jogo “League of legends”. Tambem desfilou no fim de semana na passarela da Parada Nerd e ganhou o segundo lugar. O prêmio foi R$ 250, e Rafaella fala sobre a personagem que escolheu. “É uma jogadora muito forte e se transforma numa leoa. Foram duas horas se arrumando para vir, coloquei a peruca, fiz a maquiagem, vesti a roupa, peguei a lança”, comenta cheia de empolgação.
Fernando Michels, 27 anos, ganhou o terceiro lugar vestido de Tanjiro, do anime “Kimitsu no Yaba. Com sua espada, caixa nas costas e olhos vermelhos, ele virou o caçador de “Onis” por um dia e comenta sobre a admiração pela personagem. “Gosto muito e o acompanho tanto no mangá, quanto no anime. Foi minha primeira vez de cosplay, e parte da fantasia foi comprada pela internet e outra foi trabalho de cosmakers”.
Ele contou com a ajuda da mãe para dar vida ao personagem. “Ela cortou e moldou a peruca com laque e cola branca. A maquiagem foi uma amiga que fez. É eletrizante estar no palco, da um frio na barriga, suador no corpo. Para esse publico geek, o evento é importante porque tem gente que se sentem a vontade de cosplay”, afirma.
Quem também passou pelo palco do evento foi a gigante Diane do anime “Nanatsu no Taizai”. O vilão que quase destruiu o mundo ninja em Naruto, Obito Uchiha também apareceu com sua máscara alaranjada e seu “sharingan”. O Goku estava transformado em “sayajin” e também fez a alegria do público, mas quem arrancou risos da plateia foi o anti-herói Deadpool de saia.
Após o concurso, teve apresentação de personagem. O Deus mais barato de todos, Yato, do anime “Noragami” mostrou para a plateia como faz para lutar e convencer os humanos a acreditarem no seu potencial. O Homem de Ferro também invadiu o palco do evento, mas quem chamou atenção pela fofura a Lilo, que dançou mesmo sem o Stitch.
Foram dois dias de evento e contou com cerca de 7 mil pessoas. Os dubladores Guilherme Briggs e Ursula Bezerra e o youtuber, Maurício Cid, passaram pelo local. Os nerds curtiram ainda os stands de vídeo game, desenhos e até comida japonesa.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram
Confira a galeria de imagens: