Escola tenta desfilar de última hora no Carnaval e reclama por ser vetada
O Carnaval 2023 começou oficialmente na Capital na noite de sexta-feira (20), desfiles serão no mês que vem
A exato um mês da abertura dos desfiles das escolas de samba de Campo Grande, a escola iniciante O Templo acabou ficando de fora da programação prevista pela Lienca (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande/MS). A escola recém-filiada foi vetada por conta de regulamento da liga, que exige que as escolas tenham pelo menos seis meses de filiação para poderem desfilar.
O Carnaval 2023 começou oficialmente na Capital na noite de sexta-feira (20), no Armazém Cultural, onde o público foi apresentado à Corte de Momo e aos sambas-enredos das oito escolas da cidade. O evento reuniu representantes das escolas, autoridades e agentes culturais.
O presidente da escola O Templo, Robson Faciroli, 43 anos, reclama que a Lienca, responsável pela organização do evento, não fez nenhum esforço para apresentar o novo grupo à comunidade e relata que a escola foi impedida de desfilar no carnaval deste ano.
"Nós fomos, estivemos presente como a nossa comunidade, levamos nossos pavilhão. Tiveram o maior descaso conosco e com nossa comunidade, que estava ali preparada para somar com o Carnaval. Fica aí a nossa indignação”, declara o sambista.
O sambista Almir Guimarães, de 49 anos, também deixou registrado a indignação que sentiu ao ver a escola ser deixada de fora da programação. “Como eles não nos deixaram subir no palco nem nada a gente ficou no nosso canto, mesmo com quase 80 pessoas da escola, mesmo com a bateria montada e todo mundo uniformizado”.
A escola foi fundada no dia 20 de outubro de 2020, mas só conseguiu formalizar a afiliação com a liga dia 9 de janeiro deste ano, após muita insistência de Robson, que relata que deu entrada ao processo de filiação em 23 de outubro de 2020.
Sem previsão de integrar a programação da entidade, o presidente da escola O Templo garante que o grupo vai desfilar. “Se nós não fomos pra avenida, nós vamos pro Carnaval de rua, nós vamos desfilar”.
A presidente da Lienca, Marilene Pereira de Barros, explica que em outubro de 2020 foi criado um regulamento no qual a entidade exige que as escolas tenham pelo menos seis meses de filiação para poderem desfilar. Ela destaca que oferece apoio à nova escola, mas que não pode intervir no regulamento. “Eu sempre apoio todo mundo, mas não resolvo sozinha. Dei apoio, fui no lançamento, levei a bateria do Catedrático que estava representando eles”, esclarece.
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