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Faz Bem!

Apesar da seca, caminhada no parque tem como atração extra os ipês brancos

Quem vê de longe se encanta e entra no local só para fazer selfies e publicar nas redes sociais

Alana Portela | 09/09/2019 07:34
Os visitantes deitam no chão para tirar selfies (Foto: Marina Pacheco)
Os visitantes deitam no chão para tirar selfies (Foto: Marina Pacheco)

Nem mesmo o calorão de ontem (8), afastou as pessoas do Parque das Nações Indígenas no domingo. E quem apareceu, encontrou uma atração extra durante a caminhada: tirar fotos com os ipês brancos. Uma “tapete” de flores espalhadas pelo chão recebe os visitantes. Quem vê de longe se encanta e entra só para fazer selfies e publicar nas redes sociais.

A dona de casa Leire Tavares Lopes, 37 anos, mora em Campo Grande há pouco tempo, veio de Nova Alvorada do Sul e aproveitou o final de semana para conhecer o parque, um dos principais cartões postais da cidade. Ao ver os ipês floridos, ficou encantada. “Lá não tinha o branco, essa lindeza só estou encontrando aqui. Saí de casa para dar uma volta com meu esposo e estou encantada com essa beleza”.

Apesar do clima seco e da temperatura alta, ela não se intimidou e ficou parada no sol até conseguir a selfie perfeita. “Tô pegando um solzinho só pra ficar com uma foto boa. Já tirei fotos dos ipês rosa e amarelo também”, contou Leire sobre as outras atrações que a cidade exibe.

A veterinária Claudia Coutinho contou que foi tirar fotos para mandar para uma amiga (Foto: Marina Pacheco)
A veterinária Claudia Coutinho contou que foi tirar fotos para mandar para uma amiga (Foto: Marina Pacheco)
A esquerda, Juliana Zampieron, e à direita a amiga, Juliana Pinheiro, que se encantaram com as flores brancas (Foto: Marina Pacheco)
A esquerda, Juliana Zampieron, e à direita a amiga, Juliana Pinheiro, que se encantaram com as flores brancas (Foto: Marina Pacheco)
Na entrada do parque os ipês brancos estão do lado esquerdo (Foto: Marina Pacheco)
Na entrada do parque os ipês brancos estão do lado esquerdo (Foto: Marina Pacheco)

A veterinária, Juliana Zampieron resolveu levar a amiga, Juliana Prinheiro, para conhecer um pouco da cidade. “Ela é de Cuiabá e veio me fazer uma visita. Chegou no sábado de manhã, e está indo hoje”, explicou a anfitriã. “É a primeira vez que venho, e estou adorando, é muito lindo. Tiramos fotos para postar nas redes sociais. Depois dessa maravilha quero voltar para Campo Grande”, falou a visitante.

A funcionária pública Kênia Tosta andava longe do Parque das Nações, por conta das obras de desassoreamento do lago. Mas resolveu voltar no fim de semana com os filhos Nathan e Milena. Agora, as fotos do lugar florido vão atravessar o oceano. “Já tinha um tempo que não vínhamos aqui, pois estava feio sem o lago. Marcamos uma sessão de fotos porque minha mãe mora em Portugal, mas veio nos visitar. Quando vimos as flores brancas, decidimos que era esse o cenário”.

O local foi cenário para sessão de fotos (Foto: Marina Pacheco)
O local foi cenário para sessão de fotos (Foto: Marina Pacheco)
Os visitantes tirando fotos da árvore (Foto: Marina Pacheco)
Os visitantes tirando fotos da árvore (Foto: Marina Pacheco)
O branco tomou conta das árvores (Foto: Marina Pacheco)
O branco tomou conta das árvores (Foto: Marina Pacheco)

Dentre os ipês, o favorito dela era o amarelo, mas agora Kênia disse estar mudando de ideia. “Gostava do amarelo, mas, vendo o corredor branco, fica difícil. Foi apenas nesse ano que percebi eles”, comentou. Enquanto a mãe conversava, os filhos se divertiram correndo e pulando entre as flores que estão espalhadas no chão.

Claudia Coutinho falou sobre o privilégio de ter o contato com as árvores, que são características do Cerrado. “Elas precisam dessa época seca e requerem pouca água. Sou apaixonada pelo ipê branco. Moro aqui há 18 anos, vim de Salvador. Quando me mudei tinha um pé desses na porta de casa, ele floriu e fez aquele tapete branco”, lembrou.

Servidora do Instituto Estadual de Meio Ambiente, também esteve no Parque das Nações para tirar foto da espécie e mostrar a uma amiga francesa. “Ela esteve aqui na semana passada e viajou comigo para o Pantanal. Ficou encantada com a beleza natural, com os ipês amarelos e rosas. Contudo, não viu o branco e vim tirar foto para enviar, assim volta”.

As flores forram a grama do parque (Foto: Marina Pacheco)
As flores forram a grama do parque (Foto: Marina Pacheco)

Claudia até comentou sobre o intervalo da floração entre as espécies. “Antigamente dava para perceber o tempo, mas agora, está quase junto. Olhando você logo vê o ipê rosa e amarelo, um ao lado do outro”.

Explicação - Os ipês tomaram conta de Campo Grande e chamam atenção pela beleza. É difícil não se encantar com as árvores coloridas espalhadas em vários pontos da Capital. Recentemente, era só sair na rua que já se via as flores rosas, depois as amarelas e agora as brancas estão começando a aparecer.

Segundo o biólogo Marcos Costacurta, quanto mais alta a temperatura, mais essas espécies aparecem. “Primeiro começa com a flor roxa, depois rosa, amarela e branca. Fisiologicamente necessitam de pouca água e todo ano florescem de forma similar, em períodos. Quanto mais seco for, mais duradouro é o período de floração. A diferença entre as florações está relacionada a diversos fatores. A quantidade de água, de luz solar”, explicou.

Além das árvores no Parque das Nações Indígenas, a Avenida Professor Luís Alexandre Oliveira em direção a Avenida Mato Grosso, também têm ipês brancos, porém não com tantas flores. 

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No canteiro da Avenida Professor Luís Alexandre Oliveira tem um ipê branco  (Foto: Marina Pacheco)
No canteiro da Avenida Professor Luís Alexandre Oliveira tem um ipê branco (Foto: Marina Pacheco)
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