Cachaçaria tem chão atleticano e "preciosidades" de até R$ 780,00 a garrafa
No ponto da avenida Mato Grosso, o chão é preto e branco para já de entrada o cliente perceber que a casa mineira tem um atleticano apaixonado. A torcida vem da esposa do proprietário da loja especializada no que Minas Gerais tem de melhor: a cachaça.
O marido leva no coração o Cruzeiro, mas abriu mão do orgulho azul para agradar a mulher. “Para você ter uma ideia, quem escolheu o tipo do piso fui eu”, conta Alexandre de Moraes Leonel, o proprietário da Di Alambiqui.
O banco de madeira antigo é outra lembrança que veio de Belo Horizonte, cidade natal da família. Um móvel herdado do sogro, outro devoto da cachaça, colecionador de raridades nunca abertas para um gole que fosse, conta a neta Pamela.
Sobre a mesa, várias garrafas do assunto principal da Di Alambiqui, a cachaça artesanal. Uma coletânea delas fica ao alcance dos clientes para a degustação.
Nada é industrializado. São 25 marcas, a maioria de Minas Gerais. Mas uma, em evidencia na prateleira, é produzida aqui mesmo na terra do tereré, a “Preferida”, de Coxim. Só ela tem 5 sabores diferentes, dependendo da madeira usada nos tonéis que armazenam a bebida.
Da Preferia há cachaça de tonel de carvalho, jequitibá rosa, só jequitibá, amendoim e a tipo prata, pura, a branquinha.
Os preços começam em R$ 21,00 e vão até R$ 27,00. Mesma média tem as marcas famosas Seleta (R$ 23,00) e Salinas (R$ 26,00). “Mas temos como encomendar vários outras, que custam até R$ 780,00”, diz Pamela.
Em menos de uma semana a garrafa já está na loja, garante a moça que cuida da venda, enquanto o pai viaja desempenhando a função de representante comercial.
A filha diz que ainda está aprendendo a degustar a bebida mais brasileira de todas. Já Alexandre é daqueles mineiros que gosta de uma cachacinha antes do almoço e também do jantar. “Bebo cachaça desde os 9 anos. Agora sou m curioso. Onde vamos, aprendemos um pouco sobre a bebida”, comenta.
A Di Alambiqui funciona na avenida Mato Grosso, número1313.