Café no estilo europeu abre as portas no Centro com receita de tequila
Um toldo puxado, um banco de madeira e uma placa com escrita à giz sugerindo que a cerveja deveria ser igual café, ter graça em qualquer lugar. Na rua Maracaju, quase na José Antônio, a porta da cafeteria se abre, o barulho é o mesmo dos filmes e o cheiro deixa explícito o carro chefe da casa: café gourmet. O mimo da vitrine, de xícaras, potes de café e açúcar foi o que chamou a atenção. Além do nome da cafeteria “+5 minutinhos”.
Mesas em madeira tomam conta do lugar. O cardápio da casa, cafés, doces e salgados está todo escrito à mão na lateral, em uma grande lousa. A música é som ambiente e quando o Lado B curiosamente resolveu parar para um café, ouviu Ana Carolina.
Entre as listas de café estão o tradicional cappuccino, expresso carioca, muddy, feito de sorvete de creme e o café do Dudu. “De licor de tequila sabor café, mais café e chantily. Um amigo, Dudu que trouxe a tequila dos Estados Unidos, quando a gente estava abrindo”, acrescenta Luana. O amigo homenageado aprovou.
O aconchego do ambiente sugere a cena de um filme ou a descrição de uma página de livro. Lustres delicados, relógios por todo lado, livros sobre a origem do café e alguns clássicos que originaram longas. A parede de ladrilho hidráulico faz dali um lugar para se bater papo, trabalhar, ler e até mesmo ficar mais cinco minutinhos. O nome do café saiu da soneca do despertador de uma das sócias, Luana Salomão. “Resume tudo o que é bom, só mais cinco minutinhos, só mais um café”, explica.
O lugar que mistura literatura e cinema abriu as portas no último dia 16, toda ideia de decoração veio de Luana e da sócia Mariana Cáceres. Coordenadora do saudoso Cine Cultura, Luana trouxe as viagens que fez através das telonas para o espaço. Por isso o aconhego do lugar parecer aquelas cafeterias da Europa. “Cinema e literatura acompanham o projeto, até porque une paixões. É um espaço que permite público diferenciado, já que o café é a bebida popular mais consumida no Brasil”, acrescenta Luana.
Na casa o café gourmet é o arábico é diferente dos que a gente faz em casa. Vem do Sul de Minas, considerada uma das melhores regiões da produção do grão. O diferencial dele está no ponto da torra, que dependendo do processo acresce ou diminui sabor e aroma ao café. Para os apreciadores, Luana sugere até experimentar sem açúcar, porque a torra dele puxa mais para a doçura.
O cardápio está sendo moldado conforme preferência dos clientes, mas o que não deve sair de linha é a sopa paraguaia, receita da mãe de Luana. Quem quiser ir além do café, a casa oferece cervejas 'trincando' das marcas Baen Baden, Karavelle, Stella Artois, Heineken e Bohemia.
O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 7h às 19h e no sábado das 9h às 12h e das 14h às 18h.