Com drink na guampa e cordeiro, restaurante é sonho de mãe e filha na fronteira
Em Ponta Porã, lugar se destaca pela arquitetura cheia de detalhes feita pelas duas proprietárias.
O “Armazém Art e Bistrô” começou com poucas mesas, ficou grande e transforma mãe e filha todos os dias. Com decoração cheia de detalhes e drink que homenageia a fronteira, o restaurante em Ponta Porã é experiência diferente para quem mora ou visita a cidade a 298 quilômetros de Campo Grande.
Com pratos à base de peixes, carnes, hambúrgueres e massas, o cardápio é daqueles para ninguém ficar sem comer o que gosta. Os drinks, além de sabores diferentes, mostram identidade e paixão das proprietárias pela fronteira.
A publicitária da família, Lurdes Costa de Oliveira Campos, de 36 anos, e a mãe e empresária Inês Coelho Costa, de 56, queriam apenas abrir um bistrô para servir cardápio contemporâneo, cervejas artesanais e vender produtos para a cozinha. Mas com uma aérea externa maior, as duas ficaram tão entusiasmadas que deixaram o bistrô de lado ao longo do tempo para criarem o próprio restaurante.
A alma do negócio não está só nos sabores. Quando mãe e filha pegaram o prédio que antes funcionava como ateliê de móveis, o desafio foi pensar na decoração. Para uma publicitária e uma empresária artesã essa tarefa não pareceu difícil e as duas decidiram sozinhas transformar a arquitetura do lugar, hoje, ponto alto do restaurante. “Não contratamos arquiteto e nem designer de interiores, nós escolhemos cada detalhe e o restaurante foi nascendo de acordo com a nossa relação com a arte”, explica Inês.
Mesas em madeira tomam conta do lugar. Na parede, o toque rústico fica por conta da madeira de demolição em contraste com o tijolinhos aparentes. Varal de luzes traz o clima de quintal, embora haja cobertura retrátil para o cliente escolher se quer ver ou não as estrelas. Artesanatos estão por todo lado, obras de arte despertam olhares e até uma bicicleta faz dali um lugar não só para jantar, mas para bater papo e encontrar os amigos.
Inês e Lurdes também provam que não gostam de nada comum em uma fonte. Feita com material de maquinário pesado, o barulhinho da água foi proposital para trazer ao ambiente a sensação de natureza.
Menu – O cardápio é bem variado e elaborado pelo chef Ricardo Cher. Para quem gosta de drinks, não faltam opções refrescantes como o que é servido no próprio maracujá e outro à base de uísque na guampa de tereré, com direito a jarra na hora de servir. Tem também caipirosca gourmet, como a de maracujá com dedo de moça e uvas com manjericão.
De entrada o cliente escolhe entre carpaccio, tartar de filé ou salmão, burrata ou “brandade de bacalhau”, um purê de batata com lascas de bacalhau cozidas por duas horas no azeite e servido com torradas.
Entre os pratos principais, o carro-chefe da casa é a paleta de cordeiro com alho assado, que atrai só pela apresentação delicada no prato. “A paleta é marinada durante 24 horas assada lentamente durante 5 horas a 150 graus, acompanhada de mandioquinha e risoto milanês”, descreve Lurdes. Outro destaque da casa é o bacalhau confit feito em baixa temperatura. Além do camarão que leva o nome da casa feito recheado com cream cheese, empanado e frito, servido com risoto cítrico e brotos. Em breve, Inês revela que o cardápio contará com frutos do mar.
O restaurante fica na Rua Baltazar Saldanha, 1976, Jardim Ipanema - em Ponta Porã.
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